Anistia Internacional pede investigação sobre morte de civis por ataques da Otan na
Líbia
Londres (RV) - A organização Anistia Internacional (AI) pediu, nesta segunda-feira,
uma investigação sobre a morte de civis nos ataques da Otan na Líbia e denunciou que
a Aliança Atlântica não fez contato com os familiares das vítimas.
Em um relatório
intitulado "Líbia: as vítimas esquecidas dos ataques aéreos da Otan", a organização
afirma que vários civis líbios que não participaram dos enfrentamentos durante a guerra
civil foram mortos ou feridos pelos ataques da Otan, a maioria em suas casas. A ONG
pede uma profunda investigação e também uma indenização às vítimas e suas famílias.
"É
profundamente decepcionante que mais de quatro meses depois do fim da campanha militar,
as vítimas e os familiares dos mortos nos ataques aéreos da Otan ainda não saibam
o que aconteceu e quem foi responsável", disse a assessora da área de Resposta a Crises
da AI Donatella Rovera.
Os investigadores deverão estabelecer se as vítimas
foram alvo de violações do direito internacional – o que levaria os responsáveis à
Justiça.
A Anistia Internacional afirma ter documentado 55 casos de civis,
incluindo 16 crianças e 14 mulheres, mortos em ataques aéreos em Trípoli, Zlitan,
Mahir, Sirte e Brega.
A operação da Otan na Líbia, que começou em março de
2011, terminou em 31 de outubro do ano passado, e seu objetivo era proteger a população
civil líbia dos ataques do regime de Trípoli. (EFE/ED)