2012-03-16 18:52:06

Santa Sé e Lefebvrianos ainda sem acordo: considerados insuficientes os esclarecimentos prestados pela Fraternidade São Pio X


(16/3/2012) A Santa Sé considerou insuficientes os esclarecimentos prestados pela Fraternidade Sacerdotal São Pio X, fundada pelo falecido D. Marcel Lefèbvre (1905-1991), exigindo um novo posicionamento para superar a “fratura” existente entre as partes.
A decisão foi hoje comunicada pelo Vaticano ao superior geral da Fraternidade, D. Bernard Fellay, que em setembro do último ano recebeu da Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) um ‘preâmbulo doutrinal’ sobre os problemas que separam as duas partes, nos quais se destacam a aceitação do Concílio Vaticano II (1962-1965) e do magistério pós-conciliar dos Papas em matérias como as celebrações litúrgicas, o ecumenismo ou a liberdade religiosa.
A sala da imprensa da Santa Sé revela que “a posição por ele [Bernard Fellay] manifestada não é suficiente para superar os problemas doutrinais subjacentes à fratura entre a Santa Sé e a referida Fraternidade”.
O cardeal William Levada, prefeito da CDF encontrou-se hoje com o superior geral da Fraternidade São Pio X, o qual foi convidado a “esclarecer a sua posição”, para que seja possível “evitar uma rutura eclesial de consequências dolorosas e incalculáveis”.
O ‘preâmbulo doutrinal’ era acompanhado por uma nota preliminar, como “base fundamental para atingir a plena reconciliação com a Sé Apostólica”, enunciando “alguns princípios doutrinais e critérios de interpretação da doutrina católica necessários para garantir a fidelidade ao magistério da Igreja”.
A resposta da Fraternidade foi recebida pelo Vaticano, em janeiro de 2012, tendo sido examinada pela CDF e, posteriormente, por Bento XVI.
Enquanto as questões relativas à doutrina não forem esclarecidas, a Fraternidade não possui qualquer estado canónico na Igreja, segundo explicou o próprio Papa, numa carta enviada aos bispos de todo o mundo, em 2009.
O director da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, adiantou que a Santa Sé concedeu 30 dias a D. Bernard Fellay para uma nova tomada de posição.








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