Missão na África: “o desafio é celebrar ao menos uma missa por ano”
Cidade do Vaticano
(RV) – Padre Maurício da Silva Jardim passou 3 anos e meio na Missão em Moçambique.
Recém-chegado ao Brasil, ele nos contou como foi a sua experiência.
“A Diocese
de Nampula fica no norte de Moçambique e tem 46 paróquias das quais 16 não têm padres,
não têm equipes missionárias. Então, assumimos duas paróquias em Nampula. Um dos desafios
da Igreja em Moçambique é a falta de padres, de missionários, de irmãs. Essas duas
paróquias que o projeto assumiu somam 140 comunidades e o grande desafio é celebrar
lá ao menos uma Eucaristia por ano”.
Há 20 anos o projeto Igreja Solidária
do Regional Sul 3 da CNBB envia missionários para Moçambique. E quem pensa que
a língua portuguesa pode aproximar os missionários se engana: o português só é falado
nos grandes centros. Como os missionários vão, na maioria das vezes, para o interior,
eles precisam aprender as línguas locais.
“A região onde nós trabalhamos é
do povo da língua macua. Todos os sacramentos, as missas, são feitos na língua nativa.
A primeira coisa que o missionário faz quando chega é frequentar o curso de língua
e cultura”.
Pe. Maurício acaba de voltar para o Rio Grande do Sul, mas de certa
forma continuará presente na missão em Moçambique, já que assumiu a paróquia do seu
substituto na missão, Padre João Carlos de Andrade. Antes de Padre João partir, eles
tiveram uma conversa:
“Partilhamos muito da missão. O que eu disse para ele
é para que escutasse muito o povo, que aprendesse a língua para poder entrar na cultura
do povo macua que é muito diferente da nossa aqui no sul do Brasil”.
Na semana
que vem vamos saber como foi a chegada de Padre João em Moçambique.
Para conhecer
mais a fundo a experiência de Padre Maurício acesse o blog dele: www.missaoemmocambique.blogspot.com
O
projeto Igreja Solidária é renovado a cada cinco anos. Em 2013, os bispos do regional
Sul 3 deverão decidir se ele continuará ou não.