2012-03-13 18:46:33

Igreja em Uganda ao lado dos meninos-soldados


Kampala (RV) – Dez milhões de visualizações em poucos dias para o vídeo “Kony 2012”, realizado pela Organização Não Governamental americana “Invisible Children”, ou “Crianças Invisíveis”. A iniciativa, que envolveu numerosas personalidades, insere-se em uma campanha para pedir a prisão do assim chamado “Senhor da Guerra” em Uganda, Joseph Kony. Homem responsável, entre outros crimes, por recrutar, desde 1986, milhares de meninos soldados.

A Rádio Vaticano conversou sobre o assunto com o Bispo da diocese ugandense de Lira, Dom Giuseppe Franzelli. “Nós não estamos ajudando essas crianças somente agora, porque o Ocidente resolveu nota-los. Nós cuidamos deles há anos e o fazemos através centros de acolhimento, mas também utilizando a rádio diocesana (Rádio Wa), lançando mensagens de “bem-vindos de volta a casa”. Essas são mensagens importantes, porque crianças recrutadas como solados que conseguiram fugir falam aos que estão ainda nas mãos dos mandatários.

Questionado sobre o que significa para a Igreja estar próxima à população nesse contexto, o prelado responde: “Quando se fala em reconstrução, pensa-se sobretudo em infra-estrutura, estradas, capelas, casas, escolas. Tivemos ainda o problema dos campos para refugiados. Agora que os ataques terminaram porque os grupos rebeldes se deslocaram para a República Centro-Africana, para o Sudão do Sul e para o Congo, temos uma reconstrução mais profunda a fazer, que é a da liberdade moral e espiritual das pessoas”.

Quanto à campanha realizada pela Ong, o Bispo a considerou positiva, porque chama a atenção para o problema, mas ressaltou a incongruência de que de todo o dinheiro empregado para manter a Organização, pouquíssimo é revertido para um ajuda real às vítimas dessa tragédia. (ED)








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