Cipsi celebra 8 de março com homenagem à mulher africana
Roma (RV) – Há cinco meses, o prêmio Nobel da Paz foi entregue a três mulheres:
duas africanas e uma do Oriente Médio. E o dia oito de março desse ano, foi dedicado,
pelas Nações Unidas, ao empoderamento das mulheres rurais, que lutam diariamente contra
a fome e a pobreza em todos os cantos do planeta.
A Associação italiana Solidariedade
e Cooperação, a Cipsi, por sua vez, faz uma homenagem, nesse dia, às mulheres africanas.
O Presidente de coordenação da Instituição, Guido Barbera, afirmou que “as mulheres
africanas assumiram a responsabilidade de quem pretende ser parte ativa na solução
dos problemas”. “Dedicamos a elas esse 8 de março”, disse ele, sublinhando que as
mulheres, na África, representam 70% da força agrícola do Continente, responsáveis
por 80% da produção alimentar e 90% da venda desta.
As mulheres africanas provêm
ainda por 90% da produção de milho, arroz e trigo – são elas que irrigam, aplicam
os fertilizantes e os pesticidas, aram e colhem.
Barbera relembra as mulheres
da Libéria que estão substituindo as despesas militares com despesas para a educação;
as mulheres rurais da África que cuidam da sobrevivência diária recolhendo água em
uma viagem de ida e volta à fonte, que dura uma hora e meia.
“A economia de
subsistência do Continente depende, em grande parte, do empenho cotidiano das mulheres
– reforçou -, que o fazem mesmo diante de todas as dificuldades e obstáculos, diante
do acesso limitado aos recursos de produção – como o crédito ou a propriedade de terras”.
“Carregam nas costas o Continente, seguindo o grande exemplo deixado pela primeira
Nobel da Paz africana, Wangari Maathai, bióloga ambientalista africana”, completou.
Para
o coordenador da instituição “ChiAma l’Africa” e promotor junto com a Cipsi da campanha
que pediu o Nobel da paz para todas as africanas, Eugenio Melandri, “não é possível
alcançar a democracia e uma forma de paz duradoura no mundo se as mulheres não podem
obter as mesas oportunidades que os homens para influenciarem no desenvolvimento da
sociedade em todos os seus níveis, é fundamental escutar as suas vozes”.
“Em
um dia historicamente dedicado às mulheres – disse ele -, gostaríamos que fossem contadas,
pela grande mídia, as histórias das mulheres africanas comuns que, como milhões de
forminguinhas, com pés descalços e mãos nuas, combatem, todos os dias, as suas lutas
pela vida e pelo futuro.”
Quem quiser se interar mais sobre o assunto, pode
consultar o site www.walkingafrica.info. (ED)