Dharamshala (RV) - Mais duas mulheres tibetanas se imolaram com fogo até à
morte, como forma de protesto contra as políticas chinesas para a região do Tibete.
Tsering Kyi, uma estudante de 20 anos, regou-se com petróleo e ateou fogo a ela própria
num mercado em Maqu, na província chinesa de Gansu, no último sábado, segundo informa
um comunicado do Governo tibetano no exílio em Dharamshala, na Índia.
Na sexta-feira,
outra mulher tibetana, mãe de quatro filhos, também usou esta forma de protesto contra
o Governo chinês. Diante de um grupo de policiais no Mosteiro de Kirti em Aba, na
China, Rinchen de 32 anos imolou-se, gritando exigências para a liberdade e para o
regresso de Dalai Lama ao Tibete. Desde março de 2011, mais de 20 pessoas imolaram-se
em protesto contra as políticas chinesas para a região montanhosa do Tibete.
Ativistas
alertam para a repressão que a China está impondo sobre a liberdade religiosa e a
cultura no Tibete. Esta região montanhosa está sobre o controle do Governo da China
desde 1950. A China rejeita essas críticas, dizendo que o seu Governo acabou com a
servidão existente e que trouxe desenvolvimento para uma região que estava atrasada.
Na semana passada, a imprensa estatal informou que um alto funcionário da
China no Tibete exortou as autoridades a reforçar o seu controle sobre a Internet
e celulares. Esta medida reflete o medo do Governo chinês sobre uma possível agitação
social durante a sessão parlamentar anual, que começou neste fim-de-semana. (SP)