2012-03-06 14:40:50

Saúde: ONU luta pelo fim da mutilação genital feminina


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Nova Iorque (RV) – A Embaixadora da Boa Vontade do UNICEF e ganhadora de um prêmio Grammy, Angelique Kidjo, apresentou recentemente um concerto especial nas Nações Unidas dedicado aos esforços mundiais para colocar fim à mutilação genital feminina.

A cantora do Benin fez um chamamento às nações para que assinem uma resolução que coloque fim a essa prática. Todos os anos, cerca de 3 milhões de meninas passam por esse ritual que faz parte da tradição de muitas tribos africanas, mas que também acontece na Ásia e no Oriente Médio.

Kerry Kennedy, presidente do Centro Robert Kennedy sobre Justiça e Direitos Humanos, falou durante o evento, que aconteceu na Sede da ONU, em Nova Iorque.

“Cerca de 140 milhões de mulheres e meninas tiveram sua “roupa” interior retirada à força, as pernas abertas contra a vontade e as genitalias cortadas com ajuda de ferramentas como pedras, facas ou lâminas de barbear, tudo com muita crueldade”.

Por outro lado, apesar de ter crescido na África, Angelique Kidjo sente-se com sorte por não ter sido mutilada, já que seu pai não concordava com a tradição.

“Pai de 10 crianças, entre elas 3 meninas, meu pai revoltou-se contra a sociedade e rechaçou tudo aquilo que nos poderia provocar danos físicos que se chamava tradição. Se meu pai foi capaz de fazer isso, então eu acredito que cada mulher e cada homem africano possam fazer o mesmo”.

Michelle Bachelet, diretora executiva da ONU Mulheres, também esteve presente no concerto.

“A única maneira de eliminar a violência contra mulheres e meninas e, claro, práticas como a mutilação genital feminina é por meio dos avanços das mulheres pelos quais devemos elevar nossas vozes e, porque não, também cantar para que as nossas vozes possam chegar mais longe”.

(ONU/RB)












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