2012-03-05 10:50:33

Santuário Nacional inaugura "Semana da Mulher"


Aparecida (RV) – Uma Celebração Eucarística na tarde deste domingo, 4, no Santuário Nacional, homenageou as mulheres de todo Brasil.

A missa foi presidida pelo Reitor do Santuário Nacional, Padre Darci Nicioli, e marcou a abertura dos trabalhos da Semana da Mulher na cidade de Aparecida.

No dia 8, celebra-se o Dia Internacional da Mulher, instituído pelas Nações Unidas em 1977, para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres.

No mês passado, a situação dos direitos das mulheres no Brasil foi analisada numa sessão da ONU em Genebra, na Suíça.

No dia 17 de fevereiro, a ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, no Brasil, Eleonora Menicucci, apresentou um relatório aos integrantes da Comissão para Eliminação da Discriminação a Mulheres (Cedaw), produzido por organizações brasileiras da sociedade civil.
A baixa proporção de mulheres ocupando cadeiras no Congresso Nacional foi motivo de cobrança dos peritos que fazem parte da Comissão.

Apesar de o Brasil ter mulheres em pontos-chave da administração federal, a começar pela Presidente da República, Dilma Rousseff, e das dez ministras que fazem parte de seu governo, a atual bancada feminina na Câmara Federal representa apenas 8,77% do total da Casa, com 45 deputadas. No Senado, há 12 senadoras, dentre os 81 lugares.

De acordo com a representante do Brasil nos organismos internacionais em Genebra, embaixadora Maria Nazaré Farani, que acompanhou a apresentação do relatório, é preciso reconhecer que, nesse tema, o Brasil não conseguiu avançar muito. "Temos uma mulher como Presidente da República, temos duas mulheres ocupando as vice-presidências do Senado e da Câmara, mas o número de deputadas e senadoras é muito baixo, apesar de as mulheres serem maioria da população."

"Pode-se avaliar que conseguimos um avanço em termos qualitativos, mas não em termos quantitativos, que também é importante para aumentar a representação política das mulheres", considerou a embaixadora.

De acordo com a embaixadora, outro questionamento feito pelo comitê refere-se à implementação efetiva das políticas voltadas para as mulheres. "Há um sentimento de que o Brasil conseguiu formar políticas públicas durante todo esse tempo de diálogo com organismos internacionais. A preocupação maior agora é de que essas políticas realmente funcionem. Que cheguem até as mulheres mais pobres e as que precisam de ajuda", informou a embaixadora.

(BF/Agência Brasil)







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