Aparecida (RV) – Uma Celebração Eucarística na tarde deste domingo, 4, no Santuário
Nacional, homenageou as mulheres de todo Brasil.
A missa foi presidida pelo
Reitor do Santuário Nacional, Padre Darci Nicioli, e marcou a abertura dos trabalhos
da Semana da Mulher na cidade de Aparecida.
No dia 8, celebra-se o Dia Internacional
da Mulher, instituído pelas Nações Unidas em 1977, para lembrar as conquistas sociais,
políticas e econômicas das mulheres.
No mês passado, a situação dos direitos
das mulheres no Brasil foi analisada numa sessão da ONU em Genebra, na Suíça.
No dia 17 de fevereiro, a ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres,
no Brasil, Eleonora Menicucci, apresentou um relatório aos integrantes da Comissão
para Eliminação da Discriminação a Mulheres (Cedaw), produzido por organizações brasileiras
da sociedade civil. A baixa proporção de mulheres ocupando cadeiras no Congresso
Nacional foi motivo de cobrança dos peritos que fazem parte da Comissão.
Apesar
de o Brasil ter mulheres em pontos-chave da administração federal, a começar pela
Presidente da República, Dilma Rousseff, e das dez ministras que fazem parte de seu
governo, a atual bancada feminina na Câmara Federal representa apenas 8,77% do total
da Casa, com 45 deputadas. No Senado, há 12 senadoras, dentre os 81 lugares.
De
acordo com a representante do Brasil nos organismos internacionais em Genebra, embaixadora
Maria Nazaré Farani, que acompanhou a apresentação do relatório, é preciso reconhecer
que, nesse tema, o Brasil não conseguiu avançar muito. "Temos uma mulher como Presidente
da República, temos duas mulheres ocupando as vice-presidências do Senado e da Câmara,
mas o número de deputadas e senadoras é muito baixo, apesar de as mulheres serem maioria
da população."
"Pode-se avaliar que conseguimos um avanço em termos qualitativos,
mas não em termos quantitativos, que também é importante para aumentar a representação
política das mulheres", considerou a embaixadora.
De acordo com a embaixadora,
outro questionamento feito pelo comitê refere-se à implementação efetiva das políticas
voltadas para as mulheres. "Há um sentimento de que o Brasil conseguiu formar políticas
públicas durante todo esse tempo de diálogo com organismos internacionais. A preocupação
maior agora é de que essas políticas realmente funcionem. Que cheguem até as mulheres
mais pobres e as que precisam de ajuda", informou a embaixadora.