China: aumenta pressão contra sacerdotes católicos
Königstein (RV) - A Fundação de direito pontifício, Ajuda à Igreja que Sofre
(AIS) revelou ontem que a China está “aumentando a pressão” sobre os sacerdotes fiéis
ao Vaticano na Diocese de Suiyuan, Mongólia chinesa. Segundo a organização católica,
especializada na informação sobre perseguição e discriminação contra cristãos, vários
sacerdotes foram detidos no último dia 30 de janeiro e as autoridades multiplicaram
ações que visam obrigar os membros do clero “clandestino”, que se mantém ligados a
Roma, a aderirem à Associação Patriótica Católica (APC), Igreja “oficial” controlada
por Pequim.
A agência de notícias ‘Églises d’Asie’ relata que, no dia 14 de
fevereiro, funcionários do departamento chinês dos Assuntos Religiosos, fazendo-se
acompanhar por agentes da polícia, entraram no local onde funciona o seminário “clandestino”
da Diocese de Suiyuan, no norte do país, expulsando todos os estudantes. Dias mais
tarde, a polícia conseguiu localizar o Administrador diocesano desta Igreja fiel ao
Vaticano, Padre Gao Jiangping, levando-o preso para um local até o momento desconhecido.
Na China existem entre oito e 12 milhões de católicos, segundo o Vaticano,
divididos entre os que pertencem à Igreja "oficial" e à "clandestina", fiel a Roma.
As relações diplomáticas entre a China e a Santa Sé estão interrompidas desde 1951,
após a expulsão de todos os missionários estrangeiros, muitos dos quais se refugiaram
em Hong Kong, Macau e Taiwan.
Em 1952, o Papa Pio XII recusou a criação de
uma Igreja chinesa, separada da Santa Sé e, em seguida, reconheceu formalmente a independência
de Taiwan, onde o núncio apostólico (embaixador da Santa Sé) se estabeleceu depois
da expulsão da China. (SP)