Papa pede o reconhecimento da contribuição das mulheres à sociedade
Roma (RV) – “Para que seja reconhecido em todo o mundo a contribuição das mulheres
ao desenvolvimento da sociedade”. É essa a intenção geral de oração de Bento XVI para
o mês de março. O Papa, volta, portanto, a sublinhar com força a contribuição do gênio
feminino para a vida da Igreja e da sociedade. Sobre essa intenção de oração, a Rádio
Vaticano conversou com a fundadora do Movimento Novos Horizontes, Chiara Amirante.
“Acredito que tenha sido uma grande intuição do nosso Santo Padre a de repropor
a atenção à dignidade da mulher, porque, nesses tempos mais que nunca, o papel da
mulher tem sido não subestimado, mas pior que isso”, disse ela. Para ela, é uma oportunidade
de “reencontrar aquele gênio feminino que João Paulo II já havia recordado, pô-lo
em evidência, redescobrir a sua profundidade”.
Na sua opinião, “hoje passamos
da complementaridade à competição entre homem e mulher”, e portanto reforça que “o
importante é redescobrir quanto o homem, com as suas características, possa ser um
dom de amor para a mulher e vice-versa”. “É de amor que o mundo precisa”, afirmou
ela.
Questionada sobre qual a contribuição específica que uma mulher cristã
pode dar à sociedade, ela respondeu: “O que caracteriza a mulher é justamente essa
capacidade particular de atenção para com o outro, essa propensão para a solidariedade,
essa especial capacidade de acolhimento”. Isso ela contrapõe à atual situação de muitas
mulheres, desvalorizadas, entregues à prostituição e aos abusos. “Não podemos ficar
indiferentes a isso e devemos devolver à mulher o seu verdadeiro lugar, devemos reencontrar
a sua dignidade e não reduzi-la”, fazendo da imagem do feminino “um objeto de desejo
ou de prazer”.
“A mulher nos ajuda a recordar a centralidade do amor na família,
na vida da sociedade e na vida da Igreja”, disse ela, ressaltando que o modelo por
excelência é Maria, “que não somente deixou-se alcançar pelo mistério do amor de um
Deus que nos amou fortemente e que nos ama fortemente, mas o viveu em perfeição”.
(ED)