2012-02-29 14:25:42

Igreja quer reforçar diálogo cultural na diocese de Braga


(29/2/2012) O arcebispo de Braga deseja que a realização das Capitais Europeias da Cultura (Guimarães) e da Juventude (Braga) no território diocesano promova uma “relação permanente de diálogo” entre a Igreja e a sociedade.
“Não é o facto de alguém se considerar laico, indiferente, agnóstico ou ateu militante que impede uma convivência fraterna. Tudo isso é secundário porque o bem da humanidade é que interessa”, diz D. Jorge Ortiga, em entrevista publicada no semanário Agência ECCLESIA.
Segundo este responsável, o confronto de ideias deve “mostrar que é possível conviver em harmonia apesar dos pensamentos diferentes”.
Nesse sentido, a Igreja Católica vai acolher entre 26 e 27 de novembro um encontro do ‘Pátio dos Gentios’, nova estrutura do Vaticano para o diálogo com os não crentes, com a presença do cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício da Cultura e também “algumas personalidades do estrangeiro e nacionais ligadas à área do pensamento”, adianta D. Jorge Ortiga.
O arcebispo de Braga quer que a comunidade católica local “seja capaz de influir nos diversos ambientes sociais” e “fazer com que a fé seja compatível com qualquer domínio da ciência”.
Este responsável assinala, por outro lado, que a diocese está a prosseguir o inventário das igrejas de Guimarães, no centro histórico da cidade.
No âmbito da Capital Europeia da Cultura, a Igreja Católica vai promover exposições e concertos, com a preocupação de “não se desligar dessa dimensão cultural”.
Quanto aos jovens, D. Jorge Ortiga espera que os católicos sejam capazes de “mostrar uma juventude que, estando ligada à Igreja, está comprometida com os variados problemas”.
Entre outras iniciativas, a cidade de Braga vai acolher a quinta edição do Festival Jota, que junta diversas bandas musicais com mensagem cristã.
Na entrevista á agencia Ecclesia, o arcebispo recorda as saudações escritas para as duas capitais europeias, nas quais apresenta ‘Guimarães 2012’ como uma oportunidade para “valorizar a pessoa, desenvolver as suas potencialidades e talentos, engrandecer o seu espólio cultural, cantando assim o que de bom e belo a vida tem”.
A mensagem para Braga, Capital Europeia da Juventude 2012, alude, por sua vez, ao clima de instabilidade que se vive atualmente, fazendo com que “muitos jovens não projetem o seu futuro”.








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