2012-02-24 12:15:17

Patagônia: Os Bispos pedem garantias sobre a atividade extrativista


Comahue (RV) – Os Bispos da região argentina da Patagônia-Comahue criticaram a atual atividade extrativista e pediram o respeito do direito internacional e nacional, além de "deplorar" a repressão que se verifica na área "La Alumbrera".

"Deploramos o que está acontecendo em várias regiões do país, onde se reprime o protesto pacífico e se divide a sociedade, enquanto a atividade extrativista continua impune e é discutida de modo superficial" – lê-se num comunicado divulgado por Bispos da região da Patagônia.

O debate sobre a mineira se tornou um problema no início de janeiro, quando começaram os bloqueios rodoviários e as manifestações no noroeste do país contra a exploração das jazidas na área Famatina (La Rioja), Bajo La Alumbrera e Agua Rica (Catamarca). Os mais atingidos foram os residentes em Tinogasta, que detiveram os caminhões que levavam abastecimento para La Alumbrera: isto desencadeou uma verdadeira repressão da polícia, que deixou oito feridos.

No VIII Encontro das diversas Comissões de Pastoral da Região da Patagônia-Comahue, cujo tema central foi a Igreja e a proteção da natureza, os participantes assinaram o pedido de um diálogo com as autoridades. "Queremos compartilhar nossa posição em relação ao impacto ambiental das mineiras, que suscita graves preocupações em grande parte do povo argentino" – diz a carta, divulgada pela Agência Fides.

A Igreja propõe um diálogo, além do empenho em garantir que as cidades e áreas próximas aos projetos extrativistas possam manter seus próprios estilos de vida, seu sistema produtivo, suas águas, colinas e florestas.

Também pede que se expresse a intenção política de um controle social eficaz sobre tais acordos e o respeito da lei argentina e internacional, que protegem os direitos e territórios dos povos indígenas.

O documento é assinado pelas várias Comissões de pastoral diocesana e pelos Bispos das Dioceses de Alto Valle de Rio Negro, Comodoro Rivadavia, Neuquén, Rio Gallegos, San Carlos de Bariloche e Viedma, e della Prelatura de Esquel. (BF)







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