2012-02-19 12:49:52

Reflexão para o VII Domingo do Tempo Comum – B


RealAudioMP3 Cidade do Vaticano (RV) - No Evangelho deste domingo Jesus se encontra em casa de uma família e são muitos aqueles que vão até lá para ver o Senhor. Alguns vão por curiosidade, outros para saber se ele é correto em sua teologia, outros porque desejam curas físicas e, finalmente, outros para conhecerem o caminho que leva ao Pai.

De qualquer maneira, o modo de ser de Jesus atrai as pessoas. Ele é diferente, fala de caridade e com caridade, fala de perdão e até perdoa em nome de Deus. Quem será esse homem, esse Jesus de Nazaré?

Em dado momento levam até Jesus um homem paralítico. Dentro da mentalidade judaica da época, uma pessoa paralítica era uma pessoa pecadora. A paralisia, assim como outras doenças era vista como castigo por pecados cometidos. Portanto aquela pessoa conduzida a Jesus, além da paralisi, sofria o preconceito de ser pecadora, mesmo que ninguém a tivesse visto pecar. Para eles, Deus a viu pecar e por isso a puniu. O sofrimento, a doença são assim explicados, como causados por Deus.

O trecho de Marcos nos ensina que o primeiro ato para eliminar o sofrimento é a solidariedade. Os amigos do enfermo o levam até Jesus para que o cure; contudo a sala está lotada e não existe a menor possibilidade de introduzir o amigo diante do Senhor. Aí, nesse momento de dificuldade surge a idéia de levá-lo ao terraço e destelhar o necessário para descê-lo diante de Jesus. A necessidade é criativa!

Jesus que vê a fé dos amigos e a do paralítico vai a fundo e o liberta do mal mais forte e maior, o pecado. O Senhor age como Deus e abre mão dos sacrifícios para o perdão. Isso causa mal estar entre os doutores da lei que acusam Jesus de blasfêmia. Eles não olham a cura, mas a ação livre do Senhor. Jesus, então, para demonstrar quem ele era diz ao paralítico que se levante, pegue sua maca e vá para casa. Ele está absolutamente curado, tanto espiritual como fisicamente.

Podemos ver na pessoa do paralítico a Humanidade. Os carregadores representam essa humanidade que nada poderá fazer a não ser se apresentar ao Senhor como pecadora. Ela quer entrar e se apresentar ao Senhor, mas é impedida pelos que se assenhorearam do Senhor, ou seja, pelos doutores da lei, pelos sacerdotes e pelas pessoas de bem, aquelas pessoas que se consideravam íntegras. Todos esses impedem o acesso ao Senhor que disse ter vindo para os pecadores e não para os justos.

Jesus vê tudo isso e num gesto de grande liberdade perdoa o doente de seus pecados sem nada pedir em troca, como irá fazer com Dimas, o Bom Ladrão. Basta a demonstração de que crê na bondade de Deus e em seu poder para ser libertado do pecado, para não querer mais pecar.

Essa generosidade do Senhor escandaliza os doutores, contudo o homem sai renovado, de corpo e de espírito. Jesus veio para isso, para salvar, para libertar o homem inteiro.








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