"Seca e pobreza no Sahel impressionam", afirma Bispo brasileiro na Guiné-Bissau
Cidade do Vaticano (RV) - Conclui-se esta quinta-feira, no Vaticano, a 30ª
sessão da Fundação João Paulo II para o Sahel.
Depois de 10 dias de reuniões,
representantes dos nove países que compõe a área discutiram, sobretudo, o financiamento
de projetos para deter a desertificação.
Recebendo em audiência os membros
dessa Fundação, sexta-feira passada, o Santo Padre lançou um novo apelo pelo Sahel,
ameaçado por penúria, seca e desertificação. "Infelizmente, o Sahel, nesses últimos
meses, foi gravemente e novamente ameaçado por uma consistente diminuição de recursos
alimentares e pela penúria causada pela falta de chuvas e, consequentemente, pelo
avanço constante do deserto – disse o Pontífice.
Bento XVI exortou a comunidade
internacional a considerar seriamente a extrema pobreza dessas populações, cujas condições
de vida estão se deteriorando. "Do mesmo modo, desejo encorajar e apoiar os esforços
dos organismos internacionais eclesiais que atuam neste âmbito."
No suo discurso,
o Santo Padre observou: "Descreve-se de modo redutivo, e muitas vezes humilhante,
a África como o continente dos conflitos e dos problemas infinitos e irresolutos.
Pelo contrário, a África que acolhe hoje a Boa Nova é para a Igreja o continente da
esperança. Para nós, para vocês, a África é o continente do futuro."
Para
um balanço, vamos ouvir o Bispo brasileiro Dom Pedro Zilli, Bispo de Bafatá, que participou
representando a Guiné-Bissau: