2012-02-15 16:00:15

Grécia: Igreja expressa preocupação pela situação de crise


Atenas (RV) - “A situação é muito difícil. O futuro parece incerto, como também o é a nossa permanência na zona Euro. O povo sofre de modo particular por essa incerteza e insegurança que permeia a vida de todos os dias, especialmente nas camadas mais frágeis da população”. Quem fala é o porta-voz da Conferência Episcopal da Grécia, Nikolas Gasparakis, após a onda de violência do último domingo na Praça Syntagma, no coração de Atenas, capital da Grécia. As violências ocorreram depois da aprovação pelo Parlamento de novas medidas de austeridade pedidas pela União Européia, FMI e Banco Central Europeu.

À agência SIR o porta-voz conta de “uma população que está perdendo cada vez mais a esperança, tocada profundamente pelos cortes, impostos, demissões do emprego. Não é com a violência, - continua Nikolas Gasparakis - provocada por uma centena de anárquicos, que se pode mudar a situação. Pessoalmente não creio a uma mudança, a situação é muito difícil”.

“A Alemanha e a União Européia são muito severos mas a Grécia paga também uma crise internacional que envolve outros países da União. É a falência do capitalismo, é o triunfo de uma economia sem alma e sem ética. O Papa na sua “Caritas in Veritate” expressou muito bem isso. Nunca como hoje – acrescenta o porta-voz – as Igrejas cristãs, Ortodoxa e Católica, estão tão próximas ao povo, espiritual e materialmente. A solidariedade é continua e para com todos, mas há necessidade de ajudas. “É o momento de unir as vozes para dar uma palavra de esperança a um povo cansado e preocupado”.

Um apelo análogo foi lançado nos dias passados pelo presidente dos bispos gregos, Dom Francesco Papamanolis que falou de “situação trágica” pedindo ajuda à Santa Sé e aos episcopados europeus. (SP)








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