L'Osservatore Romano: Bento XVI "trinta anos depois"
Cidade do Vaticano (RV) - Trinta anos atrás, 15 de fevereiro de 1982, João
Paulo II, indo ao encontro do desejo do Cardeal Joseph Ratzinger, tirava-o do governo
pastoral da Arquidiocese de Munique e Frisinga. Desde fevereiro de 1982, o purpurado
alemão nunca mais deixou Roma. É o que recorda o diretor do jornal vaticano "L'Osservatore
Romano", Gian Maria Vian, na edição datada 15 de fevereiro.
"Durante quase
um quarto de século, da sé romana os dois homens sustentaram assim a Igreja" – observa
Vian: "Acompanhando esta humanidade e testemunhando a esta que Deus está perto de
nós, como sempre fez ao longo da história quem realmente soube seguir Jesus, apesar
das culpas e imperfeições humanas presentes também na Igreja".
Depois, em 2005
"exigiu-se ainda mais de Joseph Ratzinger no momento da rapidíssima eleição no conclave",
e nestes anos Bento XVI testemunhou um "sentimento de total confiança em Deus", sentimento
este que, para Vian, torna o Pontificado atual "um Pontificado que ficará na história,
dissolvendo como fumo duros estereótipos e contrastando comportamentos irresponsáveis
e indignos", que "acabam por entrelaçar-se a clamores midiáticos, inevitáveis e certamente
não desinteressados, mas que precisa saber acolher como oportunidade de purificação
da Igreja".
Para o diretor do "L'Osservatore Romano" a obra de Bento XVI é
"uma obra de inovação e purificação empreendida com coragem, tenacidade e paciência",
indicando "sem cansar-se a necessidade da renovação contínua". (RL)