Cardeal George fala dos desafios da Igreja nos Estados Unidos
Cidade do Vaticano (RV) - Prossegue, no Vaticano, a visita “ad Limina” dos
bispos dos Estados Unidos. Na manhã de quinta-feira, um grupo deles foi recebido em
audiência por Bento XVI. Estava presente o Arcebispo de Chicago, Cardeal, Francis
E. George, que numa entrevista à Rádio Vaticano falou sobre o encontro e sobre os
atuais desafios para a Igreja nos Estados Unidos.
“Falamos de imigração, da
vida política da nossa região, onde muitos dos políticos são católicos, mas isso não
significa que sejam favoráveis à Igreja. Falamos da presença hispânica - continuou
o purpurado - e o modo com o qual está transformando a Igreja. Falamos das escolas,
associadas às nossas paróquias e de como, pelo menos em Chicago, estejam aumentando
e ajudando a preservar e transmitir a fé. Falamos ainda – destacou Dom George - sobre
a nova evangelização e de como estamos procurando encorajá-la. Detemo-nos ainda sobre
o tema do matrimônio, das suas dificuldades, sobre as quais discutimos nos últimos
anos e também sobre os instrumentos que estamos utilizando para reforçar o matrimônio
e para defendê-lo em âmbito legal.”
Poucas semanas atrás, o Papa sublinhou
o perigo da secularização na sociedade estadunidense. Na quarta-feira, chegou a notícia
da legalização das uniões homossexuais no Estado de Washington. Falando sobre isso,
o Cardeal afirmou que “o Estado de Washington é uma parte do país muito secularizado
junto com o Estado de Oregon, portanto, de qualquer modo faz parte de sua cultura
esse modo de pensar no que diz respeito ao matrimônio”.
“O problema em âmbito
federal - continuou o cardeal - é que a atual Administração está violando os direitos
de consciência de modo tal que se você não se conforma ao que a lei diz não existirão
excessões. Antes disso, para preservar a liberdade religiosa, havia exceções em âmbito
religioso e exceções de consciência sobre o aborto, sobre a homossexualidade, sobre
todos os problemas morais. Mas a atual Administração removeu essas exceções. Portanto,
a Igreja está pedindo aos fiéis que rezem, o que é a coisa mais importante, e façam
o que puderem com os legisladores ou com as Cortes, a fim de que essas regulamentações
não se tornem efetivas”. (SP)