2012-02-09 12:41:29

Dom Twal comenta acordo entre Hamas e Fatah


Jerusalém (RV) - O Patriarca Latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal, comentou de forma positiva a notícia de um acordo alcançado em Doha, na última segunda-feira, entre Hamas e o movimento Fatah para confiar ao Presidente Mahmoud Abbas a liderança de um governo de unidade palestina. “Nós queremos a paz com e entre todos”, declarou à agência AsiaNews o líder da Igreja Latina; entre os palestinos e entre palestinos e israelenses.

A “Declaração de Doha” ocorreu no âmbito das reuniões entre Abu Mazen, Presidente da Autoridade Palestina e líder de Fatah, e Hamas Khaled Mechaal, responsável de Hamas. Entre as duas partes as relações são tensas desde 2007 e após a ascensão ao poder de Hamas na Faixa de Gaza. O acordo de segunda-feira reforça o “Acordo de reconciliação”, assinado em 2011. O Patriarca de Jerusalém, disse que “não vê nenhum obstáculo no fato de que todos os palestinos são unam para ajudar Abu Mazen a realizar essas duas iniciativas”.

O presidente palestino “é um homem moderado, de abertura e cooperação”. Graças ao acordo, Abu Mazen vai ser presidente e primeiro-ministro, substituindo o economista Salam Fayyad, apoiado pelos países ocidentais. O patriarca lamentou essa mudança, olhando para o “grande trabalho realizado com sucesso por Salam Fayyad para preparar com calma e seriedade as infraestruturas de um futuro Estado palestino”.

O acordo de Doha foi criticado pelo Primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu: “Se Abu Mazen aplicar o que foi assinado em Doha, irá opta por abandonar o caminho da paz para se unir a Hamas”, declarou. “Ou é a paz com Hamas, ou è a paz com Israel. Não pode ter as duas juntas”.

“Não é assim!”: O patriarca se maravilhou “dessa reação”, porque “a mesma responde às aspirações dos palestinos de unidade e devemos ser contentes”. Dom Fouad Twal, acrescentou: “Queremos a paz para todos, um bom acordo com Israel e a união entre os irmãos palestinos em todas as suas correntes de pensamento político”.

Dom Twal pede para rezar “por uma paz justa e conclusiva para a Terra Santa e para os países que a circundam” e afirma que as mudanças no mundo árabe não devem ser ignoradas. Entre todas, o patriarca afirma que “a crise síria nos preocupa muito” e que ele compreende o medo dos responsáveis religiosos na Síria, que temem que o país possa acabar como o Iraque. (SP)








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