Em 10 anos, seca atingiu três vezes a região do Sahel
Cidade do Vaticano (RV) – Está em andamento no Vaticano a da 30ª sessão do
Conselho de Administração da Fundação João Paulo II para o Sahel.
O encontro
reúne, até o dia 16, bispos de nove países da região: Senegal, Mauritânia, Mali, Burquina
Fasso, Níger, a parte norte da Nigéria, Chade, Sudão, Etiópia, Eritreia, Djibuti,
Somália e Cabo Verde.
Além da situação sociopolítica e religiosa dos países
do Sahel, está em debate a crise agroalimentar na região. O objetivo é evitar que
se repitam situações como a de dois anos atrás, que atingiu mais de dez milhões de
pessoas.
É a terceira vez em dez anos que a seca atinge a região do Sahel,
levando à fome milhões de pessoas. O Programa Mundial de Alimento (PAM) está armazenando
alimentos caso o resulto do período da colheita seja insuficiente.
As chuvas
tardias no Sahel prejudicaram os cultivos numa vasta área de território. Só na Mauritânia,
o cultivo diminuiu em 46%. Já o governo do Níger afirma que mais de 5,5 milhões de
pessoas no país correm o risco de passar fome. No Chade, já se registram níveis "críticos"
de subnutrição.
No momento, o PAM está intensificando as operações para assistir
3,3 milhões de pessoas no Níger, 750.000 no Mali e 400.000 na Mauritânia. Isso significa
fornecer às crianças e às mães produtos alimentícios específicos, que as protegem
dos efeitos de uma subnutrição a longo prazo. Em outras regiões, a assistência alimentar
do PAM se concentrará na entrega de alimentos aos pais em troca de trabalho em projetos
úteis para combater efeitos de futuras penúrias. (BF)