2012-02-07 19:12:45

Famílias cristãs abandonam cidade síria de Homs: "situação cada vez mais preocupante"


Damasco (RV) - "A maior parte das famílias cristãs de Homs deixou a cidade síria, não porque recebemos ameaças – vez que até agora igrejas e lugares de culto foram, em geral, preservados –, mas por uma situação que se torna com o passar das horas cada vez mais preocupante."

É o que afirmam à Misna fontes religiosas da Síria, que – por motivos de segurança – preferem permanecer no anonimato.

"Inclusive os três bispos – um católico e dois ortodoxos – das dioceses de Homs e Hama não residem mais na cidade", sob bombardeios há mais de cinco dias, acrescentam as mesmas fontes, segundo as quais, no momento, somente alguns padres ortodoxos e poucos sacerdotes permanecem na terceira cidade do país – habitada majoritariamente por sunitas e alawites.

"A sensação aqui é que os eventos possam agravar-se a qualquer momento", afirmam interlocutores da agência missionária, segundo os quais "a população síria tem consciência de estar vivendo dias delicados e decisivos para os destinos da nação".

Trata-se de uma impressão reforçada pelo fechamento, nesta segunda-feira, da embaixada estadunidense em Damasco, e da decisão dos governos da Inglaterra, Itália e França de chamar seus embaixadores presentes na capital síria, aonde chegou nesta terça-feira o Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, para um encontro urgente com o Presidente sírio Bashar al Assad.

Também a China anunciou estar considerando a possibilidade de enviar um representante da diplomacia ao Oriente Médio e Norte da África para discutir a questão síria com os países da área.

As duas potências, que continuam apoiando o governo de Damasco, vetaram uma resolução do Conselho de Segurança da ONU defendida pela Liga Árabe e por numerosas chancelarias ocidentais. (RL)







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