Reflexão sobre a liturgia do V Domingo do Tempo Comum
Cidade do
Vaticano (RV) - Por que tantas pessoas sofrem? Por que o justo sofre, enquanto
tantas pessoas injustas desfrutam boa saúde, possuem dinheiro, nada de mal lhes acontece?
A1ª
leitura da missa de hoje, extraída do Livro de Jó, nos leva a refletir sobre o sofrimento,
principalmente o do justo.
Jó sofre e, no seu sofrimento reflete sobre os
limites da vida e reza.
A resposta à nossa pergunta sobre o sofrimento, nos
vem com o Evangelho de Marcos, no trecho da cura da sogra de Pedro e de outras pessoas.
Ele nos apresenta Jesus diante da realidade da doença e do sofrimento. Jesus não culpa
o Pai e nem os doentes por suas desditas, mas se mostra solidário.
O Senhor
não foge dos doentes, mas vai até eles, toma-os pela mão e os ajuda a se levantar.
Ele não veio para derrubar, mas para dar ânimo. A sogra de Pedro se levanta e começa
a servi-los.
O Senhor é a vida que chega!
Com essa atitude, Jesus confirma
que sua vinda é para transformar o mundo, eliminara a doença, a dor e a morte. Ele
é a vida e, como tal, quer vida plena para todos nós! O que fazemos quando sabemos
que alguém está doente, sofrendo? Vamos até ele, procuramos dar novo ânimo?
Diante
do sofrimento e da doença poderemos ter várias atitudes. Desde tratar do doente, se
formos profissionais da medicina, até nos colocarmos à disposição para servi-lo, ajuda-lo
de algum modo.
Contudo, existe um gesto que todos poderão e deverão fazer:
o gesto da solidariedade, de ser presença, de estar ao lado confortando, animando.
Esse gesto nada custa, a não ser a esmola de nosso tempo, de abrir mão de tantos afazeres
muitas vezes inúteis, para ir visitar o Cristo que está sofrendo. “Estive doente e
me visitastes!”