2012-02-03 18:43:23

O Brasil na "Missão Continental": discípulos e missionários de Jesus Cristo, na esteira de Aparecida


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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, voltamos ao nosso encontro semanal dedicado ao Brasil na "Missão Continental", na esteira de Aparecida. Neste espaço, temos procurado conhecer um pouco da tarefa pastoral oriunda da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, realizada em maio de 2007, cuja inauguração foi feita por Bento XVI.

Nesse sentido, após uma edição introdutória – em linhas gerais – recorremos à contribuição de alguns dos nossos pastores que nos enriqueceram com suas reflexões, observações, e relato dessa experiência na realidade concreta na qual se encontra.

De fato, da Conferência de Aparecida nasceu o mandato da missão continental, o desejo de realizar uma "Missão Continental que as Conferências Episcopais e cada diocese são chamadas a estudar e realizar, convocando para isso as forças vivas, de modo que, caminhando a partir de Cristo, busque-se sua face" – lê-se na Carta de Bento XVI ao Episcopado da América Latina e Caribe, de 29 de junho de 2007.

Na edição passada concluímos a participação do Arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, que nos trouxe um pouco da experiência da "Missão Continental" naquela Igreja particular, falando, a partir do que diz o Documento de Aparecida no nº 306, da paróquia como lugar de formação permanente.

Antes de prosseguirmos com a contribuição de nossos pastores, nesta edição queremos voltar nosso olhar para o que diz o Documento de Aparecida, na sua proposta de fazer com que – no contexto da Missão Continental – os fiéis, em virtude de seu batismo, sejam discípulos e missionários de Jesus Cristo.

Vejamos como – na introdução – a Conferência de Aparecida se apresenta e se propõe em seu texto conclusivo:

10. "Esta V Conferência se propõe "a grande tarefa de proteger e alimentar a fé do povo de Deus e recordar também aos fiéis deste Continente que, em virtude de seu batismo, são chamados a ser discípulos e missionários de Jesus Cristo". Com desafios e exigências, abre-se a passagem para um novo período da história, caracterizado pela desordem generalizada que se propaga por novas turbulências sociais e políticas, pela difusão de uma cultura distante e hostil à tradição cristã e pela emergência de variadas ofertas religiosas que tratam de responder, à sua maneira, à sede de Deus que nossos povos manifestam"."

Podemos destacar, da última passagem, o desafio representado para a Igreja pelo avanço das seitas que, muitas vezes, aproveitando-se da fé simples do povo, propagam uma espécie de "teologia da prosperidade", para dela tirar proveitos próprios.

11. "A Igreja é chamada a repensar profundamente e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas e mundiais. Ela não pode fechar-se frente àqueles que só vêem confusão, perigos e ameaças ou àqueles que pretendem cobrir a variedade e complexidade das situações com uma capa de ideologias gastas ou de agressões irresponsáveis. Trata-se de confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho arraigada em nossa história, a partir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, que desperte discípulos e missionários. Isso não depende tanto de grandes programas e estruturas, mas de homens e mulheres novos que encarnem essa tradição e novidade, como discípulos de Jesus Cristo e missionários de seu Reino, protagonistas de uma vida nova para uma América Latina que deseja reconhecer-se com a luz e a força do Espírito."

É com esse intento que se propõe a "Missão Continental".

16. "Esta V Conferência Geral se celebra em continuidade com as outras quatro que a precederam no Rio de Janeiro, Medellín, Puebla e Santo Domingo. Com o mesmo espírito que as animou, os pastores querem dar agora novo impulso à evangelização, a fim de que estes povos sigam crescendo e amadurecendo em sua fé, para serem luz do mundo e testemunhas de Jesus Cristo com a própria vida."

E do número 16 passamos para o número 18, que conclui a introdução ao Documento de Aparecida com as seguintes palavras:

18. "Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher. Com os olhos iluminados pela luz de Jesus Cristo ressuscitado, podemos e queremos contemplar o mundo, a história, os nossos povos da América Latina e do Caribe, e cada um de seus habitantes."

Amigo ouvinte, partindo dos pontos evidenciados na referida introdução desenvolveremos alguns aspectos em nossas próximas edições. Por hoje nosso tempo já acabou. A você um forte abraço e até a próxima semana, se Deus quiser! (RL)







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