Declaração de fome na Somália chega ao fim mas situação continua muito grave
Cidade
do Vaticano (RV) – A Organização das Nações Unidas declarou, nesta sexta-feira,
o fim das condições de fome na Somália, mas advertiu que, devido à recorrência da
seca no Chifre da África, a fome continua a ser uma ameaça, a menos sejam tomadas
medidas a longo prazo para restaurar a segurança alimentar.
Um novo relatório
da Análise de Segurança Alimentar e Nutricional (FSNAU), que é gerenciado pela Organização
das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), em parceria com a Rede Sistemas
de Rede de Alerta Precoce (FEWS NET), e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento
Internacional (USAID), aponta que o número de pessoas que necessitam de ajuda humanitária
de emergência na Somália caiu de 4 milhões para cerca de 2 milhões e 340 mil pessoas
– 31% da população. No momento mais crítico da crise, 750 mil pessoas corriam perigo
de morte.
O diretor da FAO, José Graziano da Silva, em visita à região somali
de Dollow, destacou o potencial da área.
“Para mim está muito claro que se
pudermos fornecer ferramentas e máquinas modernas esta área poderá se transformar
numa das mais importantes áreas para a agricultura na Somália.
Graziano da
Silva destacou que a FAO vai intensificar as suas atividades no Chifre da África,
já que a agricultura é um fator decisivo para a paz e estabilidade da região.
“A
FAO não pode prever as secas, elas acontecem, são inerentes à natureza. O que podemos
fazer é evitar que a seca vire sinônimo de fome, esta que não é, necessariamente,
uma consequência das secas”, reiterou.