Aparecida (RV)
- Nesta quarta-feira, o Arcebispo de Aparecida e Presidente da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), Card. Raymundo Damasceno Assis, faz a abertura da Campanha
da Fraternidade 2012 na Arquidiocese de Aparecida.
Já no próximo dia 7, o
Regional Leste 2 da CNBB (Espírito Santo e Minas Gerais) em parceria com o Fórum de
Pastorais Sociais, realizará em Belo Horizonte (MG) o Encontro em preparação e animação
da Campanha da Fraternidade 2012.
O encontro tem por objetivo refletir a realidade
da saúde no Brasil e, de modo especial, nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo,
além de preparar as lideranças regionais e diocesanas para o lançamento oficial da
Campanha, na Quarta-feira de Cinzas.
O tema da Campanha da Fraternidade 2012
será "Fraternidade e Saúde Pública" e o Lema "Que a saúde se difunda sobre a terra".
No Brasil, falar de saúde pública é falar do Sistema Único de Saúde, SUS,
como nos explica o Dr. André Luiz de Oliveira, membro da Pastoral da Saúde da CNBB:
"O
Brasil tem hoje cerca de 194 milhões de habitantes. Nós temos em torno de 76 a 77%
da população brasileira que depende única e exclusivamente do SUS, ou seja, do sistema
público de saúde. Temos um sistema integral e universal, porém com um financiamento
ainda aquém daquilo que necessitamos. Estamos traçando nesta Campanha da Fraternidade
de 2012 algumas estratégias de sensibilização e busca de apoio para, visando essa
consolidação do SUS, a defesa direta do sistema público de saúde brasileiro, de forma
integral e de forma universal. Porém, nós precisamos conscientizar para que os nossos
bons cristãos, as pessoas que trabalham ali na base, possam entender que é direito
delas hoje, garantido na Constituição brasileira, um sistema público de saúde integral,
de qualidade, para que a gente possa ter um acesso mais garantido a esses mais de
150 milhões de brasileiros que dependem única e exclusivamente. Mesmo falando de 47,
48 milhões de pessoas que possuem plano de saúde no Brasil, mesmo esses que possuem
plano de saúde dependem também do SUS em algumas coberturas ou em alguns atendimentos.
Exemplo: transplante de órgãos. Nenhum plano de saúde ou quase nenhum plano de saúde
no Brasil cobre transplante de órgãos. E isso cai na rede pública. Mesmo as pessoas
que não têm plano de saúde, mas conseguem ter um atendimento privado, eles também
utilizam o sistema público de saúde brasileiro a partir do momento que viajam, de
navio, de avião, porque a Agência de Vigilância Sanitária, que atende a segurança
aeroportuária, é custodiada pelo SUS. Então quando falamos e tratamos dessa conscientização
no Brasil de que todos dependem do SUS fortalecido e consolidado, nós estamos falando
realmente de 100% da população brasileira."