2012-02-01 11:47:15

Na audiência, Papa fala da oração de Jesus no Getsêmani


Cidade do Vaticano (RV) - Nesta chuvosa quarta-feira invernal, a audiência geral do Papa aos peregrinos, fiéis e turistas se realizou na Sala Paulo VI, dentro do Estado do Vaticano. A sala pode abrigar até 6 mil pessoas.

A catequese de Bento XVI verteu sobre a oração, tema que vem abordando há algumas semanas. O Papa falou sobre a oração de Jesus no Getsêmani, quando, acompanhado por três de seus discípulos e sentindo a proximidade de sua morte, rezou intimamente ao Pai.

O Papa explicou que através de gestos e palavras e vivendo plenamente um desígnio de amor, Jesus assumiu sobre si todas as aflições da humanidade, dúvidas e súplicas da história da Salvação.

Viveu a angústia e o medo diante da morte, agitado pelo mal que devia carregar consigo, mas confiou no Pai. Jesus se abandonou totalmente, apresentou-lhe suas angústias ao Senhor, que as acolheu e o ouviu, ressuscitando-o dos mortos.

A partir daquele episódio, Bento XVI convidou todos a expormos a Deus nossas fadigas, sofrimentos e esforços do cotidiano para segui-lo: “Supliquemos ao Senhor que nos faça sentir sua proximidade e nos doe sua luz. Confiemos em sua Providência divina para conformar sua vontade à nossa, repetindo a cada dia o “sim” de Jesus, o “sim” de Maria.

Após a catequese, proferida em italiano, o Papa fez sínteses de seu discurso em várias línguas. Em polonês, afirmou que as principais testemunhas desta dedicação ao Senhor são as pessoas consagradas. Amanhã – recordou Bento XVI – celebra-se o seu Dia, e pedimos a Deus que com a força do Espírito Santo, as reforce no caminho do cumprimento de sua vontade.

Em seguida, o Papa saudou os diversos grupos de estudantes, paróquias, movimentos, além dos muitos turistas presentes na audiência. Em português, estas foram as suas palavras:

“Queridos irmãos e irmãs,

Depois da Última Ceia, Jesus vai para o Monte das Oliveiras. Como em outras passagens do Evangelho, dispõe-Se a fazer a sua oração, mas, desta vez, não quer estar sozinho. Na iminência da sua Paixão, experimenta medo e angústia, recapitulando em Si todo o pavor que o homem sente diante da própria morte. Então convida Pedro, Tiago e João a velar com Ele. É um convite feito a todo o discípulo para que O siga pelo caminho da cruz.

A oração de Jesus no Jardim do Getsêmani e as últimas palavras d’Ele na Cruz revelam a profundidade da sua oração filial: Jesus realiza plenamente o desígnio de amor do Pai e toma sobre Si todas as angústias da humanidade, as dúvidas e intercessões da história da salvação. Ele apresenta-as ao Pai, que as acolhe e escuta para além do que ousamos esperar, ressuscitando-O dos mortos. Ao aceitar a vontade do Pai, Jesus nos ensina que é cumprindo a vontade de Deus que fazemos da terra o Céu: como naquela noite do Getsêmani quando a “terra” da vontade humana de Jesus, abalada pelo medo e angústia, foi assumida pela vontade divina, e assim a vontade de Deus se realizou na terra.

Amados peregrinos de língua portuguesa, a todos dou as boas-vindas, pedindo a Deus que vos encha de esperança e conceda a luz para descobrir a sua vontade sobre a vossa vida e fazer dela o ponto de referimento diário do vosso querer e do vosso ser. E que as Suas Bênçãos sempre vos acompanhem. Ide em paz!”

No final do encontro, de modo informal, o Pontífice saudou os fiéis italianos, que são sempre a maioria em meio ao público, destacando a personalidade de São João Bosco, recordado ontem pela Igreja. “Ele nos faz considerar a importância de educar as novas gerações aos autênticos valores humanos e espirituais da vida” – disse Bento XVI, invocando para todos a proteção do Santo da juventude para que lhes ofereça sempre educadores sábios e guias seguros.
(CM)







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