Proteção da vida marinha volta ao centro da economia verde
Manila (RV) - Representantes de dezenas de países firmaram uma declaração,
apoiada pelas Nações Unidas, sobre a proteção da vida marinha. O documento, adotado
em Manila, nas Filipinas, na sexta-feira, deverá relançar a proteção do meio ambiente
marinho como um dos elementos-chave na transição para uma economia verde.
A
declaração foi divulgada durante um encontro co-organizado pelo Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, e pelo governo das Filipinas.
O evento
em Manila reuniu ministros do Meio Ambiente, cientistas, organizações não-governamentais
e representantes de instituições financeiras.
Segundo o documento, os países
se comprometem com a formulação de políticas para reduzir o desperdício de água, a
poluição dos mares e o uso de fertilizantes.
Nesta entrevista à Rádio ONU,
do Algarve, o pescador português André Dias falou sobre os efeitos da poluição nos
mares: “O recurso (da pesca) representa 10% daquilo que podemos ter da natureza. Temos
que criar condições para tentar inverter isso, o mais depressa possível. Estamos a
ter uma baixa de qualidade nos estoque básicos dos frutos do mar. Não haver atum,
não haver sardinhas, isso já destroi todo o sistema”, afirmou.
As ações da
declaração, firmada em Manila, devem entrar em vigor entre este ano e 2016, em níveis
local, regional e internacional.
Entre as medidas aplicadas pelos países deve
estar o uso sustentável de nutrientes para melhorar a eficiência de fertilizantes,
como, por exemplo, o nitrogênio e o fósforo. (ONU)