Holocausto: crianças, as mais vulneráveis ao pior da humanidade
Nova Iorque (RV) - Hoje, comemora-se o Dia Internacional em Memória das Vítimas
do Holocausto, 67 anos depois da libertação do campo de extermínio de Auschwitz. O
Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, para a ocasião publicou uma mensagem.
“Um
milhão e meio de crianças judias morreram no Holocausto — vítimas da perseguição de
nazistas e seus apoiadores. Dezenas de milhares de outras crianças também morreram.
Isso incluía pessoas com deficiência, assim como ciganos. Todos foram vítimas de uma
ideologia inspirada pelo ódio que os classificou como “inferiores”, escreve Ban Ki-moon.
Este
ano, o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto é dedicado às crianças
— meninas e meninos que tiveram que enfrentar o terror e o mal absoluto. Muitos ficaram
órfãos da guerra ou foram arrancados de suas famílias. Muitas morreram de fome, doenças
ou nas mãos de quem as maltratou. Nunca saberemos como essas crianças poderiam ter
contribuído para o nosso mundo. E entre os sobreviventes, muitos estavam demasiadamente
abalados para contar suas histórias. Hoje, queremos dar voz a esses relatos. É por
isso que as Nações Unidas continuam a transmitir os ensinamentos universais tirados
do Holocausto. E é por isso que nós nos esforçamos para promover os direitos e as
aspirações de todas as crianças todos os dias em todo o mundo. É por isso também que
continuaremos a nos inspirar no magnífico exemplo de quem se destacou por suas ações
humanitárias como Raoul Wallenberg, neste ano em que celebramos o seu centenário de
nascimento.
Hoje, ao recordar todos aqueles que perderam sua vida no Holocausto
— de crianças a adultos, destaca ainda a mensagem –, peço que todas as nações protejam
os mais vulneráveis, independente de raça, cor, gênero ou religião. As crianças são
especialmente vulneráveis ao pior da humanidade. Devemos mostrar-lhes o melhor que
este mundo tem para oferecer”. (SP)