Washington (RV) - Jamais ceder diante de quem ataca a vida e a liberdade de
consciência. Com este premente apelo, o Presidente da Conferência Episcopal dos Estados
Unidos, Dom Timothy Dolan, concluiu a vigília noturna da 39ª Marcha para a Vida realizada
segunda-feira em Washington. “Do ponto de vista humano, seríamos tentados a desistir
diante de um governo que considera a concepção, a gravidez e o nascimento como uma
doença a ser curada, e diante de quem considera o bloqueio químico da concepção ou
o aborto de uma criança, um direito que deve ser financiado por quem é contrário”,
disse durante a homilia.
O Arcebispo de Nova York referia-se à decisão do governo
Obama de obrigar todos os hospitais dos EUA a fornecerem, a partir de 2013, contraceptivos
e medicamentos abortivos em seus programas de saúde.
Também fez referência
a essa polêmica na missa de abertura da Vigília, domingo à noite, o Arcebispo de Galveston-Houston,
e Presidente da Comissão Episcopal de Atividades Pró-Vida, Cardeal Daniel Di Nardo.
“Nunca na história estadunidense um governo federal obrigou os cidadãos a comprarem
um produto que violasse suas convicções”, disse o purpurado, comentando a dura posição
expressa nestes dias por Dom Dolan.
O Cardeal DiNardo, por sua vez, recordou
as palavras pronunciadas por Bento XVI, na semana passada, a um grupo de bispos estadunidenses
em visita “ad limina”. Referindo-se à atual controvésia, o Santo Padre afirmou que
“é fundamental que toda a comunidade católica nos Estados Unidos seja capaz de compreender
as graves ameaças ao testemunho público da Igreja”. Afirmou ainda que cada vez mais
se encontram expressões nas esferas políticas e culturais de tentar limitar a liberdade
mais apreciada nos Estados Unidos, ou seja a liberdade de religião. (SP)