Migrações: Pastoral precisa de um maior envolvimento de leigos
Fátima (RV) - A Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM) está celebrando
50 anos de fundação com um encontro de formação de agentes sócio-pastorais no auditório
do Museu de Arte Sacra e Etnologia dos Missionários da Consolata, em Fátima.
O
Vaticano participa do evento, co-promovido pela Agência Ecclesia e a Caritas Portuguesa,
com o vice-secretário do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes,
Padre Gabriele Bentoglio.
Intervindo na sessão de abertura, Padre Gabriele
disse que a Obra das Migrações nasceu por exigência do momento histórico em que viviam
Portugal e a Europa, em meio a tensões políticas e econômicas que provocaram imponentes
fluxos migratórios. “Ao longo destes 50 anos, tem desenvolvido uma atividade “inteligente
e apaixonada” e o seu futuro será marcado pela interculturalidade” – completou.
O
representante do Vaticano lembrou que Portugal é um país de emigrantes e imigrantes,
de onde partem e chegam cidadãos de muitas culturas e religiões.
Nesse sentido,
“é urgente cultivar os valores do diálogo intercultural e inter-religioso e criar
um novo conceito de integração, desenvolvido numa perspectiva universalista e missionária”.
Para cumprir esse desafio – aponta o sacerdote escalabriniano – “deve-se envolver
mais leigos cristãos no trabalho pastoral da Igreja”.
Domingo, 22 de janeiro,
Pe. Gabriele Bentoglio faz a palestra “Orientações pastorais para a atual realidade
migratória”. Outras sessões abordarão os temas “Paróquias e Comunidades de Emigrantes:
como se organizam para acolher e integrar” e “Posição e políticas de migrações na
atualidade do País”.
O encontro se encerra com a celebração da Eucaristia
na Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima. (CM)