Arcebispo de Calcutá: "Aqui as pessoas reencontram a vida"
Calcutá (RV) - A arquidiocese de Calcutá está completando 125 anos de fundação,
e seu arcebispo, Dom Lucas Sirkar, destaca que “nesta cidade, a comunidade mundial
testemunha o amor de Cristo e experimenta a Palavra de Deus inspirada pelo amor das
irmãs de Madre Teresa aos mais pobres, doentes, deficientes físicos e mentais e esquecidos”.
“A cidade de Calcutá acolheu pessoas de todos os níveis sociais: poderosos,
ricos, pobres, frágeis, industriais e indigentes; deu esperança e enriqueceu a vida
das pessoas na Índia e no mundo, sem alguma distinção de fé, nacionalidade, etnia
ou casta”.
Para o arcebispo, “foi a Divina providência a conduzir Madre Teresa
a esta diocese, para fundar as Missionárias da Caridade e mostrar a pobreza ao mundo.
Seu espírito defender e valorizou a dignidade dos pobres. O mundo ocidental – conclui
Dom Lucas – é faminto não obstante a grande riqueza material de que dispõe. Em Calcutá,
esta fome é saciada, como testemunham os voluntários que chegam de todo o mundo. Ao
dar e servir, eles reencontram a vida”.
A respeito do sesquicentenário, o bispo
coadjutor, Dom Thomas D’Souza recorda: “Abrimos um hospital em Midnapore com 70 leitos,
dedicado aos pobres. Ele oferecerá tratamento a doentes de hanseníase, tuberculose
e Hiv/Aids. O objetivo é atender as faixas mais marginalizadas e pobres da sociedade”.
História
Em 1º de setembro de 1886, Leão XIII elevou o vicariato apostólico
de Bengala a arquidiocese metropolitana de Calcutá. Hoje, compreende sete dioceses:
Asansol, Baruipur, Badgogra, Darjeeling, Jalpaiguri, Krishnagar e Raiganj. No total,
possui 57 paróquias e 17 igrejas, servidas por 224 sacerdotes de 10 ordens diferentes.
A arquidiocese conta 125 irmãos e cerca de 950 religiosas. (CM)