Cardeal Peter Turkson: oferecer aos jovens uma educação sem fronteiras
Cidade do Vaticano (RV) - "Hoje se tem necessidade de uma educação que sirva
para o mundo inteiro, que seja interdisciplinar, intercultural, inter-religiosa e
interétnica. E isso, certamente, diz respeito à formação e educação dos militares,
hoje mais que antes empenhados em teatros de operação espalhados pelo mundo, em conflitos
assimétricos e em missões de paz que sempre mais requerem relação com as populações
civis."
Foi o que disse nesta terça-feira em Roma o Presidente do Pontifício
Conselho da Justiça e da Paz, Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, presidindo a celebração
do "Dia da paz", promovido pelo Ordinariato Militar na Itália e celebrado na igreja
do Seminário da Cecchignola, centro militar.
Em sua homilia, o purpurado evocou
a Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2012, de Bento XVI, "Educar os jovens para a
justiça e a paz": "os jovens militares são jovens como os outros, de modo que eles
vivem plenamente as dimensões pessoais e, talvez, mais do que os outros, devem – por
assim dizer – lidar com a dignidade humana: a sua e a dos outros".
Para o Cardeal
Turkson esse estado de coisas "necessita da ação responsável de todos os sujeitos
envolvidos no processo educacional", como capelães militares e institutos de formação
militar.
Como escreve Bento XVI na Mensagem, os educadores devem ser "também
testemunhas críveis". De fato, os jovens "muitas vezes encontram-se vivendo em contextos
e ambientes de vida deseducativos, fazendo experiências negativas ou frustrantes".
"Assim
sendo, todos os responsáveis chamados em causa são convidados a agir. Se, por exemplo,
o mundo político ou os comandantes militares ou os capelães não são exemplares, não
somente em suas funções disciplinares, mas também na conduta pessoal, todo grupo,
toda formação degenera e se esfacela e o olhar dos jovens é desviado das coisas grandes
e bonitas que a existência lhes reserva." (RL)