México: Igreja pede que políticos se distanciem do crime organizado
Cidade do México (RV) - A poucos meses das eleições para escolher o novo presidente
mexicano, a Arquidiocese de Cidade de México considera indispensável que os partidos
e candidatos políticos "tomem distância do crime organizado".
Esta é recomendação
feita pelo semanário da Arquidiocese, "Desde la fe", em seu primeiro editorial do
ano. "É melhor denunciar as chantagens a tempo do que sofrer as consequências no futuro.
É melhor ser candidatos com autonomia e com qualidade moral do que governantes manipulados
e pressionados", aponta o editorial
Faltando cinco meses e meio para as eleições
presidenciais e estaduais, o semanário católico recorda que a principal virtude do
bom político é a honestidade: "O contrário é a corrupção, que começa a se manifestar
quando os próprios interesses ou de pequenos grupos prevalecem em detrimento do bem
comum".
A Arquidiocese de Cidade do México pede um debate que privilegie o
diálogo respeitoso, onde os eleitores sejam os beneficiários.
"Nosso país precisa
de um discurso honesto, com propostas concretas, sólidas e claras, para que os mexicanos
tenham a oportunidade de analisar e refletir seu voto", afirma o editorial da Arquidiocese,
que é guiada pelo Cardeal Norberto Rivera Carrera.
"O mínimo esperado nesses
momentos é civilidade na disputa; nossos processos democráticos não devem cair novamente
em jogos sujos, desqualificados e em estratégias antigas de poder, coação e desprezo",
lê-se no texto, intitulado "A importância das pré-campanhas".
O processo eleitoral
está atualmente em fase de pré-campanha eleitoral, com dois candidatos já definidos
entre as três plataformas políticas com maior possibilidade de vencer a disputa, em
1º de julho.
A campanha eleitoral será realizada de 30 de março até 27 de
junho.