Obra Católica Portuguesa das Migrações comemora seus 50 anos de fundação
Lisboa (RV) – Membros do Governo e da Igreja vão estar juntos na abertura das
comemorações dos 50 anos da fundação da Obra Católica Portuguesa das Migrações (OCPM),
marcada para 21 de janeiro, em Fátima.
De acordo com a Agência Ecclesia, estarão
presentes o Bispo de Beja e vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade
Humana, Dom António Vitalino, e o Vaticano estará representado pelo subsecretário
do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, o Padre Gabriele
Bentoglio.
O encontro será realizado uma semana após o 98º Dia Mundial do Migrante
e Refugiado, que a Igreja Católica assinalou neste domingo. De 20 a 22 de janeiro,
também em Fátima, a Obra Católica organiza o 12º encontro de formação de agentes sociopastorais
das migrações, iniciativa que tem por tema “Portugal entre a emigração e a imigração”.
Neste
serão divulgados os números das migrações em Portugal e “as razões para as alterações
dos fluxos migratórios”, segundo refere uma nota para a imprensa.
As celebrações
do cinquentenário prosseguem com um encontro internacional marcado para 2 a 6 de julho
em Alfragide, nos arredores de Lisboa, que pretende reunir os responsáveis da Igreja
Católica que trabalham com imigrantes em Portugal e com a diáspora lusa no estrangeiro.
A
Semana Nacional de Migrações, a ser realizada de 12 a 19 de agosto, terá seu ponto
alto com a Peregrinação do Migrante e do Refugiado a Fátima, presidida pelo presidente
do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, o Arcebispo
Dom Antonio Maria Vegliò, que no consistório de 18 de fevereiro vai ser criado cardeal
pelo Papa Bento XVI.
A OCPM foi criada em 1962, 10 anos depois da publicação
daquele que o frei Sales considera o “primeiro grande documento da Igreja sobre a
migração”, a Constituição Apostólica Exsul Familia, do Papa Pio XII, sobre o cuidado
espiritual dos emigrantes.
Na mensagem para o Dia Mundial do Migrante e Refugiado
de 2012, o Papa Bento XVI pediu por uma “nova evangelização no vasto e complexo fenômeno
da mobilidade humana”. (ED)