Cidade do Vaticano (RV) - Neste dia 15 de janeiro comemoramos o Dia do Mundial
do Migrante e do Refugiado. Com o tema “Migrações e nova evangelização”; o Papa Bento
XVI nos convida a acolher os migrantes e refugiados e evitar a discriminação.
O
Dia Mundial do Migrante e do Refugiado foi instituído em 1914 pelo Papa Bento XV,
conhecido também como “o Papa da Paz”. Naquela época, o mundo vivia o triste conflito
da 1ª Guerra Mundial. O Papa Bento XV nomeou um bispo para assistir aos refugiados
e vítimas da guerra e quis que fosse celebrada a Jornada do migrante. Desde então,
essa data se repete todo ano, no primeiro domingo após o Batismo de Jesus.
Para
o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado de 2012, o Papa Bento XVI escreveu uma mensagem
com o tema “Migrações e nova evangelização”. A questão do migrante e do refugiado
é bastante atual para o Brasil, pois a economia do nosso país tem crescido e, assim,
atraído pessoas na busca de melhores condições de vida e oportunidade de emprego,
e também pessoas que fogem de perseguições, guerras, fome e catástrofes naturais.
O
Papa destaca que é urgente promover a evangelização em um mundo onde a queda das fronteiras
e a globalização deixaram as pessoas mais próximas, tanto pelos meios de comunicação
quanto pela facilidade de deslocamento.
O tema “Migrações e nova evangelização”
foi escolhido, explica Bento XVI, porque a Igreja é chamada a “realizar uma nova evangelização
no complexo fenômeno da mobilidade humana”. Essa mobilidade tem produzido “uma mistura
de pessoas e povos” nunca visto anteriormente, com problemáticas no campo humano,
ético, religioso e espiritual. “O nosso tempo está marcado por tentativas de cancelar
Deus e a doutrina da Igreja do horizonte da vida”.
A Igreja enfrenta o desafio
de ajudar os migrantes a manterem firme a fé, afirma o Papa, através do diálogo respeitoso
e do testemunho concreto da solidariedade, e até mesmo de um renovado anúncio da Boa
Nova.
Destaca Bento XVI que muitos migrantes de regiões não cristãs e que ainda
não encontraram Jesus Cristo pedem para ser acolhidos em países de tradição cristã.
Esse é o caso de nosso país, o Brasil. Nessa situação, o Papa afirma que é necessário
“encontrar modalidades adequadas para que possam encontrar e conhecer Jesus Cristo
e experimentar o dom inestimável da salvação, que para todos é fonte de vida em abundância”.
Os migrantes podem, também, tornar-se anunciadores do Reino.
“Sacerdotes, religiosos
e leigos assumem um papel decisivo”, diz Bento XVI. Ele nos convida a “procurar caminhos
de partilha fraterna e anúncio respeitoso, superando contrastes e nacionalismos”.
Precisamos cooperar com aqueles que partem e também com os que chegam, enfim, todos
que precisam de acolhimento do próximo.
“Os refugiados que pedem asilo, fugindo
de perseguições, violências e situações que põem em perigo a sua vida, têm necessidade
da nossa compreensão e acolhimento, do respeito pela sua dignidade humana e seus direitos,
assim como da consciência dos seus deveres”.
Devemos evitar discriminação
e buscar atitudes de reinserção e solidariedade. “Sacerdotes, religiosos e religiosas,
leigos, e sobretudo os jovens e as jovens, mostrem-se sensíveis e ajudem os irmãos
e irmãs que, tendo fugido da violência, se devem confrontar com novos estilos de vida
e com dificuldades de integração. O anúncio da salvação em Jesus Cristo será fonte
de alívio, esperança e alegria completa”.
Por fim, o Papa nos convida a pedir
a intercessão de Nossa Senhora do Caminho. (SP)