2012-01-12 17:55:15

Cimi envia responsável para investigar denúncia em terra indígena no Maranhão


RealAudioMP3 Cidade do Vaticano (RV) – O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) divulgou em seu site uma nota pública na qual esclarece a posição adotada diante da denúncia dos índios Tenetehara (ou Guajajara) da aldeia Patizal, Terra Indígena Araribóia, no Maranhão, de que o corpo de uma criança teria sido encontrado carbonizado entre setembro e outubro do ano passado.

“Tornaram-se públicas, pelas mãos do Cimi, informações passadas pelos próprios indígenas e são por elas que respondemos, porque não jogamos na vala comum dos boatos depoimentos que remontam anos de denúncias da ação de invasores, sobretudo madeireiros, na Terra Indígena Araribóia", lê-se em parte da nota.

Contudo, em contato com o Cimi no Maranhão, a RV foi informada de que um responsável está no local dos fatos para averiguar as denúncias e, por isso, encontra-se incomunicável na floresta. Apesar de não haver confirmação, ainda de acordo com a nota, “o Cimi mantém plena confiança na denúncia e acredita que algo de muito grave ocorreu no interior da terra indígena, afetando diretamente a segurança e as garantias de vida dos Awá-Guajá isolados”.

A notícia foi amplamente repercutida na semana passada pelos meios de comunicação nacionais e internacionais. De Londres, Sarah Shenker, pesquisadora da Survival International, Ong que defende os direitos dos indígenas no mundo inteiro, falou à RV.

“A Survival International está instando o governo brasileiro para que os madeireiros sejam retirados das terras dos Awá imediatamente. As terras dos Awá já foram demarcadas e, oficialmente, já são de uso exclusivo dos índios. Apesar disso, mais de 30% de um dos territórios dos Awá já foram destruídos pelos madeireiros. Então, essa realmente é uma das campanhas mais importantes da Survival International no momento”, reiterou Shenker.

A Funai e o Ministério Público do Maranhão também estão investigando o caso.








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