Jesuítas italianos concentrados na superação da crise
Roma (RV) - A grave crise na Itália é a nova fronteira da Companhia de Jesus
em seu impulso missionário. Durante os trabalhos da VIII Congregação Provincial da
Província da Itália da Companhia, recém-encerrada, emergiu fortemente o desejo de
participar plenamente da fase dramática que o país atravessa. A Congregação reuniu
de 56 jesuítas eleitos pela base. Duas novidades marcaram o evento: a Congregação
foi seguida através do ‘live twitting’ e de um blog com material multimídia publicado
cotidianamente em www.gesuitinews.it/congregazioneprovinciale2012.
Com isso,
cerca de 7.500 pessoas participaram e pelo menos 500 seguiram os trabalhos ao vivo.
É a primeira vez que a Companhia de Jesus concede o acesso ao externo às dinâmicas
internas de seu governo: uma ‘revolução’ que quer valorizar ao máximo o ‘fermento’
da geração jovem, de modo especial o ‘povo da rede’.
“Confirmamos nosso compromisso
em contribuir, segundo a lógica evangélica, com nossos recursos, capacidades e esforços,
para uma convivência mais humana” – declarou a Congregação.
No concernente
à formação, foi proposta a intensificação do estudo de economia e política, para ler
e interpretar melhor os acontecimentos à luz do Evangelho. Continua sendo prioritária
a formação dos leigos para uma consciência madura, ou seja, livre e capaz de decidir,
como fiéis adultos, no confronto constante com a pessoa de Jesus Cristo.
Prossegue
também o engajamento social da Jesuit Social Network (rede de inspiração inaciana
socialmente comprometida), que enfrenta concretamente situações de pobreza, principalmente
junto a pessoas imigradas ou encarceradas.
“Deste modo, a Companhia de Jesus
se coloca como uma expressão da Igreja que favorece o humanismo profetizado pelo Concílio
Vaticano II, do qual se comemora em 2012 cinquenta anos. Um novo humanismo que, ao
desafiar tendências egoístas, xenófobas e ideológicas, crie pacientemente as condições
para um diálogo capaz de envolver todos os interlocutores sociais na busca do bem
comum”. (CM)