Nova
Iorque (RV) – Um relatório das Nações Unidas indica que 150 milhões de afrodescendentes
vivem hoje na América Latina e no Caribe. No Brasil, o último censo, em 2011, revelou
que a população de afrodescendentes já é maioria no país.
Paras as Nações Unidas,
os povos afrodescendentes devem ter seus direitos promovidos e protegidos como qualquer
outro grupo da sociedade.
Ainda em 2011, durante uma entrevista à Rádio ONU
sobre este tema e a importância da aliança entre os povos, o superintendente da Fundação
Gilberto Freyre disse que, nos últimos anos, os afrodescendentes brasileiros passam
por um processo de afirmação cada vez mais consolidado.
“Acho que tem um posicionamento
muito interessante, no Brasil, que é a autovalorização da morenidade. Temos visto
números muito interessantes em relação a este processo de autoafirmação. As pessoas
estão se vendo mais brasileiras, mais morenas, e esse é talvez um dos processos mais
ricos de autoafirmação que existe.”
Apesar dos avanços, segundo a ONU, os afrodescendentes
continuam a sofrer discriminação, um legado histórico do comércio de escravos. Mesmo
os que não são descendentes diretos dos escravos muitas vezes ainda são confrontados
com atos racistas. De acordo com o Grupo de Trabalho de Peritos sobre Pessoas de Ascendência
Africana, esse grupo continua enfrentando menor acesso à justiça, educação, emprego,
saúde e habitação.