2012-01-05 11:45:30

Missionários: um desafio à morte nos países mais violentos


RealAudioMP3 Cidade do Vaticano (RV) – A agência Fides divulgou, no final do ano passado, o dossiê dos missionários mortos no mundo inteiro em 2011. No total foram registradas 26 mortes, uma delas no Brasil. México e Colômbia, juntos, foram os países onde houve o maior número de crimes.

No Brasil, a preparação dos Missionários acontece no Centro Cultural Missionário para a Formação dos Missionários, em Brasília. Pe. Stefano Raschietti, italiano radicado no Brasil há mais de 20 anos, dirige os missionários que se preparam para sair do Brasil e também recebe os missionários estrangeiros.

O Centro Cultural é ligado à CNBB, e proporciona aos recém-chegados ao Brasil uma adaptação em diversos contextos. Quem tem o desejo de ser missionário sabe dos riscos, como bem recorda Pe. Stefano.

- A missão é sempre uma frente de risco. Nós não desejamos que nenhum missionário morra. Contudo, sendo contextos bastantes desafiadores, isso pode acontecer.

Na Colômbia e no México, o maior problema é a guerra ao narcotráfico, na qual os governos decretaram tolerância zero às drogas, contudo os reflexos dessa guerra são vistos também nos números de missionários mortos nesses dois países em 2011: 12 no total.

- Muitas vezes os missionários se encontraram sem querer nessa história. Quer dizer, é o contexto que faz parte: o narcotráfico condiciona toda a vida da comunidade em torno a ele. Aí, é muito fácil arriscar a vida. Basta tomar partido de um lado que, automaticamente, você se encontra exposto. Você está exposto à doenças, violências e desencontros que podem custar a própria vida. Eu acredito que isso faz parte da missão. Entretanto, nós lembramos o Evangelho. Jesus diz, se você for perseguido numa cidade, fuja para outra.

Na esteira da América Latina, a África também se apresenta como um dos lugares mais perigosos para a missão.

- Um exemplo clássico dos países africanos é aquele dos missionários que ficaram com as comunidades durante os períodos de guerra, quando todos foram embora, diplomatas etc. Inclusive, o povo reconhece os missionários como pessoas que dão a vida por determinadas causas e eu acredito que isso faça parte do Evangelho.








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