Angola: perdão, amor e união em prol do desenvolvimento
Luanda (RV) - O bispo auxiliar de Luanda, Dom Anastácio Cahango, comentou o
discurso feito pelo Chefe Estado, José Eduardo dos Santos, por ocasião da passagem
de ano, considerando ser uma mensagem para que os homens se perdoem, amem e vivam
em união, visando o desenvolvimento do país.
O Presidente da República “abordou
aspectos políticos, sociais e de desenvolvimento, mas, sobretudo, tocou na mesma linguagem
que nós da Igreja tocamos, para que os homens se amem e se perdoem. Ficamos satisfeitos
com o discurso, pois o estadista lançou com serenidade os desafios do país” – destacou
ao Angola Press.
Dom Anastácio Cahango realçou igualmente o fato de o Presidente
José Eduardo dos Santos ter insistido no diálogo como meio para os angolanos resolverem
os seus problemas, devendo ser também a base para o desenvolvimento.
Disse
que o progresso de Angola deve contar com uma liderança coesa e forte, apoiada pelos
angolanos, já que “o desenvolvimento não depende de uma só pessoa, mas de uma nação
e é por isso que vamos lutar para que não haja excluídos nem auto-excluídos” - continuou.
De acordo com ele, o crescimento do país em 10 anos de paz é irrepreensível:
“São apenas 10 anos de paz, mas parecem mais por aquilo que foi feito” – observou,
completando que, para um bom entendedor, o Presidente da República diz que ninguém
vai cruzar os braços para lamentar. Todos têm de dar a sua cota parte para o desenvolvimento.
“É legítimo, no entanto, que queiramos mais. Não podemos cruzar os braços, porque
ainda não realizamos o nosso sonho de construir uma Angola para todos, onde cada família
se sinta realizada, possuindo o necessário para ter uma vida digna” - acrescentou.
O Presidente finalizou dizendo que ainda devem ser alcançados alguns objetivos
essenciais, como a erradicação da fome, da pobreza, o analfabetismo, as injustiças
sociais, a intolerância, os preconceitos de natureza racial, regional e tribal, entre
outros males.