2012-01-02 12:22:11

CIMI propõe "placar da impunidade" para pressionar autoridades


Dourados (RV) – O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) do Regional Mato Grosso do Sul anunciou a exposição, a partir deste mês de janeiro, de um "placar da impunidade".

Segundo Egon Heck, do CIMI, este placar será exposto para pressionar as autoridades competentes para que os crimes cometidos contra os membros dos Kaiowá Guarani sejam elucidados, que os corpos sejam localizados e os culpados sejam exemplarmente punidos.

O CIMI denuncia a mesma prática utilizada durante a ditadura militar, em que centenas de pessoas desapareceram. "Essa prática hedionda de assassinatos e ocultamento de cadáveres está agora ressurgindo no campo", escreve Egon Heck, citando como exemplos a morte do professor Rolindo Véra (outubro de 2009) e do cacique Nisio Gomes, no dia 18 novembro de 2011.

Segundo ele, os setores responsáveis pela elucidação e punição dos crimes têm insistido na tese do "desaparecimento".

A agressão à comunidade de Guaiviry e o assassinato do cacique Nisio foram amplamente denunciados nacional e internacionalmente. "O total silêncio das autoridades com relação ao fato são no mínimo sintomáticos, e alimentam a impunidade. Fatos semelhantes denigrem a imagem do nosso país interna e externamente. Não é mais possível conviver com o etnocídio e a impunidade", escreve.

(BF)








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