Cidade do Vaticano (RV) - A edição desta quinta-feira do jornal do Vaticano,
L’Osservatore Romano, destaca a recente pesquisa italiana sobre o Sudário, que segundo
a tradição teria envolvido o corpo de Jesus, sublinhando que este é um “objeto impossível”
de falsificar. O tecido de linho com 4 metros e 36 centímetros de comprimento por
1 metro e 10 centímetros de largura foi submetido, em 1989, ao teste do carbono-14
em três laboratórios da Suíça, Estados Unidos e Reino Unido, cujos resultados datavam
o tecido como sendo do período 1260 a 1390.
Vários especialistas criticaram
os testes, frisando que os três pedaços do tecido que foram cortados, naquela ocasião,
para servir de amostra para o teste, eram das pontas, ou seja, a parte pela qual o
manto foi suspenso nas várias ocasiões em que foi apresentado aos fiéis ao longo dos
séculos. Desta vez, a agência italiana para as novas tecnologias e desenvolvimento
sustentável (ENEA) trabalhou durante cinco anos sobre a formação da imagem que se
vê no sudário, tentando a sua reprodução.
“A imagem dupla (frente e verso)
de um homem flagelado e crucificado, pouco visível no tecido de linho do Sudário de
Turim, tem muitas características físicas e químicas e é impossível de ser reproduzida
em laboratório”, afirmaram os especialistas da agência italiana. O jornal do Vaticano
afirma que os cientistas italianos apresentam as suas conclusões com “extrema cautela”,
limitando-se a “propor considerações que não extravasam o campo científico”. (SP)