2011-12-30 10:17:56

MS: Índios cobrem jardim da igreja com cruzes


Campo Grande (RV) - Um protesto contra a violência que atinge a população indígena de Mato Grosso do Sul cobriu com mais de 250 cruzes o jardim da Igreja Santo Antônio, no centro de Campo Grande. Segundo a Mediamix, o ato chama a atenção de quem passa pelo local, mas as opiniões se dividem sobre de quem é a culpa pela situação fundiária no Estado.

Com uma das maiores populações indígenas brasileiras, o território sul-mato-grossense é hoje palco dos principais conflitos pela regulamentação de terras no país. É também onde se registraram 55% dos assassinatos de indígenas registrados no Brasil, segundo dados do CIMI (Conselho Indigenista Missionário).

O caso recente mais famoso foi o ataque a índios Guarani acampados na região de Guavyri, em Aral Moreira. Na ocasião, desapareceu o cacique Nísio Gomes. Até o momento, quatro fazendeiros foram indiciados pelo inquérito da Polícia Federal, mas a possível morte do líder não foi confirmada oficialmente.

Entretanto, a Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília, aprovou os estudos realizados em Mato Grosso com a finalidade de reconhecer um novo território indígena: Wedezé, localizada no município de Cocalinho, a 765 km de Cuiabá, e de ocupação da etnia Xavante.

A coleta de informações começou ainda no ano de 2009 e foi realizada por um grupo técnico nomeado pelo governo federal. De acordo com a fundação, o território possui 145.881 hectares e está localizada na margem direita do Rio das Mortes, paralelo à terra indígena Pimentel Barbosa, que se situa na margem oposta.

Conforme a coordenação regional da FUNAI, “este é o primeiro passo para que futuramente possa ser reconhecido como terra indígena. Depois de feitos os estudos, é nomeado um grupo técnico que faz o trabalho de campo e define o tamanho dessa área a ser homologada, se for o caso”.
(CM)








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