Conquistas e desafios da Pastoral Carcerária no Brasil
Cidade do Vaticano (RV) – Final de ano, tempo de balanço e reflexão. Para a
Pastoral Carcerária, o ano de 2011 foi de grandes realizações e desafios: mais de
6000 voluntários visitaram prisões de todo o país; com a ajuda da Pastoral, o Brasil
foi levado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos e dezenas de casos de tortura
foram denunciados.
Para falar de conquistas e retrocessos, contatamos Heidi
Ann, estadunidense, membro da Pastoral, que há anos trabalha em São Paulo:
"Nós
tivemos algumas grandes conquistas e alguns passos para trás. Algumas das conquistas
é que eu vejo que nós, enquanto sociedade civil, conseguimos nos organizar melhor."
Heidi
cita algumas leis que ainda não estão sendo aplicadas e essa seria "a nossa esperança
de 2012". Em especial, cita uma nova lei que reconhece que a prisão provisória deveria
ser exceção, que deve ser aplicada para a pessoa que não tem condições de estar em
liberdade (que pode cometer outro crime ou representa uma ameaça à sociedade).
"A
grande maioria das pessoas presas que nós tratamos não cabe nessa categoria. Poderiam
estar em casa esperando a audiência, ainda mais porque o Judiciário demora tanto para
atender. Então uma conquista de 2011 foi justamente uma lei que reconhece isso, que
mulher grávida, mulher pó-parto, mulher com filhos pequenos que dependem dela, deve
responder em casa, obviamente olhando o delito cometido."
Clique aqui para
ouvir a entrevista completa: (BF)