2011-12-29 17:50:10

Cinquenta anos atrás João XXIII assinava a Humanae salutis, com a qual convocava o Concílio Vaticano II


Cidade do Vaticano (RV) - No dia 25 de dezembro de 50 anos atrás, João XXIII assinava a Constituição apostólica Humanae salutis, com a qual oficialmente convocava o Concílio Vaticano II. No próximo ano, em outubro, a Igreja celebrará os 50 anos da abertura dos trabalhos, mas este primeiro aniversário já acende uma nova luz sobre a importância do encontro que meio século atrás mudou para sempre o rosto da Igreja presente no mundo inteiro. A esse propósito, a Rádio Vaticano ouviu o especialista em Vaticano II, o teólogo Marco Vergottini. Eis o que disse:

Marco Vergottini:- "Relendo a Humamae salutis nos deparamos num texto que não pode ser esquecido: nela se lê que o Concílio buscaria contribuir para a solução dos problemas da idade moderna, da fé, portanto, em relação à história de hoje, enfrentando também as crises que a cultura, a modernidade vivia e vive. Todavia, é um texto sereno, é um texto permeado de otimismo. Certamente, o Concílio mudou a linguagem e João XXIII contribuiu para essa mudança. Primeiro, a Humanae salutis é o primeiro texto no qual é retomada a categoria evangélica dos "sinais dos tempos", ou seja, aqueles sinais que o Senhor coloca como estímulo para a Igreja a repensar a sua relação com a história. Segundo, há uma referência aos homens de boa vontade, como a dizer que a mensagem do Concílio é também dirigida àqueles irmãos e irmãs que ainda não partilham essa pertença ao Senhor."

RV: O aniversário da abertura do Concílio, que celebraremos em outubro de 2012, nos convida a refletir sobre a atualidade dos textos conciliares, sobre a importância de não se transformar esse aniversário numa simples revisitação histórica...

Marco Vergottini:- "João XXIII na Humamae salutis fala da semente: "Esta é uma pequena semente". Creio que depois tenha crescido uma árvore e se trata hoje de se fazer uma reflexão sobre os frutos que o Vaticano II deixou. O Concílio foi uma grande ocasião para a Igreja renovar a si mesma e para repensar o seu papel de anúncio da fé hoje. Creio que esse seja um convite a retomar aquela nova evangelização que foi tão central na mensagem de João Paulo II e que é fortemente relançada por Bento XVI." (RL)







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