Nova
Iorque (RV) - O menor crescimento econômico global, a elevada incerteza e a volatilidade
dos mercados internacionais vão afetar o crescimento econômico na América Latina e
no Caribe em 2012.
Foi o que revelou um relatório da Comissão Econômica das
Nações Unidas para a região (Cepal), divulgado nesta quarta-feira.
Depois de
um crescimento de mais de 4% em 2011 e quase 6% em 2010, no próximo ano a região vai
crescer 3,7%. Contudo, a América Latina está muito bem preparada para enfrentar o
contexto internacional desfavorável, disse Jürgen Weller, economista da Cepal.
Entre
as vantagens observadas, o alto nível de reservas e - exceto em vários países do Caribe
- os baixos níveis de dívida pública.
"Mas há a possibilidade de uma deterioração
ainda maior na economia global o que exigiria um grande esforço para enfrentar os
impactos de uma crise global que possa vir."
Weller acrescentou que há uma
probabilidade de uma crise profunda na zona do euro, o que afetaria as exportações,
preços, investimentos, remessas e o turismo nos países da América Latina, e poderia
resultar em maior volatilidade nos mercados financeiros na região.
Segundo
o estudo, o crescimento regional será liderado pelo Haiti de 2012, em 8%, seguido
por Panamá, 6,5%, Peru e Equador, 5% e Argentina com 4,8%.
Brasil
De
acordo com a Cepal, o crescimento da economia brasileira em 2011 será de 2,9%, menos
da metade da performance do ano passado, que foi de 7,5%.
A agência estima,
que no próximo ano, o país deve registrar 3,5%, mas há uma expectativa de revisão
para cima dependendo também das medidas que o governo adote nos próximos meses. (Onu/RB)