Cidade do Vaticano (RV) - Nos dias passados o Presidente do Pontifício Conselho
para a Promoção da Unidade dos Cristãos Cardeal Kurt Koch, fez uma conferência em
Roma sobre a realidade atual do ecumenismo.
Nos últimos anos e decênios, disse
o purpurado, registraram-se muitas mudanças. Em muitas Igrejas retorna uma reflexão
sobre a própria identidade confessional e isso pode representar uma grande vantagem,
porque para conduzir o diálogo é necessário ter a consciência de uma identidade clara.
Um segundo desafio – destaca ainda o Cardeal Koch -, consiste no fato de que temos
conceitos diferentes de “unidade” e isso torna difícil a tarefa.
Outro desafio
é que há um forte crescimento dos movimentos pentecostais, que representam uma nova
realidade em todo o mundo e constituem já o segundo movimento, em ordem de grandeza,
depois da Igreja Católica. Seria necessário quase falar de uma “pentecostalização”
do ecumenismo.
Uma quarta mudança – concluiu o cardeal – está no fato que há
questões éticas controversas entre as mesmas Igrejas, a chamada questão antropológica:
hoje estamos diante do desafio de ter que desenvolver uma antropologia ecumênica,
uma nova doutrina do homem. (SP)