Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Bento XVI elevou a associação católica internacional
"Ajuda à Igreja que Sofre" ao status de Fundação Pontifícia. A sede oficial da Fundação
AIS passa a ser no Vaticano. O ato canônico foi promulgado por um documento oficial
em latim, conhecido como quirógrafo, assinado pelo próprio Papa.
O Papa designou
ainda o Prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Mauro Piacenza, como o Presidente
da Fundação AIS, após a aposentadoria do ex-presidente, Padre Joaquin Alliende. E
também nomeou para Presidente Executivo o Barão Johannes von Heereman Zuydtwyck, antigo
presidente executivo dos Cavaleiros de Malta, e como Assistente Eclesiástico o padre
Martin Barta, membro da Associação Clerical "Obra de Jesus Sumo Sacerdote".
A
sede internacional administrativa da AIS permanecerá em Königstein, perto de Frankfurt,
Alemanha.
O impulso inicial para a fundação da AIS veio do Papa Pio XII. Inspirado
pelo apelo do Papa, logo após a Segunda Guerra Mundial, para alcançar os 14 milhões
de refugiados do pós-guerra na Alemanha, o Padre Werenfried van Straaten lançou um
apelo para a reconciliação por meio de ações de caridade. Incrivelmente houve uma
enxurrada de doações. As pessoas doavam bastante toucinho, e não demorou para que
o Padre Werenfried ficasse conhecido como o "Padre Toucinho".
Hoje a AIS é
uma comunidade mundial com 17 escritórios internacionais e mais de 600 mil benfeitores
que apóiam cerca de 5 mil projetos de ajuda a cada ano em mais de 140 países diferentes.
No Brasil são ajudados cerca de 600 projetos por ano.
No documento assinado
pelo Santo Padre, ele enfatiza os serviços prestados à Igreja durante décadas pela
AIS. Agora, como Fundação Pontifícia, a AIS continuará como antes, em espírito de
caridade ativa, para ajudar sempre e em qualquer lugar onde a Igreja estiver em dificuldade
ou sendo perseguida. Como uma instituição de caridade pastoral, agindo em nome da
Igreja, a Ajuda à Igreja que Sofre está empenhada em reforçar e aprofundar a fé católica
e a vida moral. (CM)