Enchentes nas Filipinas: Igreja se sente confortada com solidariedade de Bento XVI
Cagayan de Oro (RV) – Quase 700 mortos e mais de 900 desaparecidos. Este é
o balanço provisório das enchentes nas Filipinas, depois da passagem do tufão Walshi
pela Ilha de Mindanao.
Contatado pela Agência Fides, o Arcebispo de Cagayan
de Oro, Dom Antonio J. Ledesma, uma das cidades mais atingidas pelas chuvas, afirma
que a emergência é forte, mas, “ao mesmo tempo, é forte também a solidariedade entre
as vítimas”.
O Arcebispo refere que acaba de ser realizada uma reunião de emergência,
pois a Igreja está trabalhando em estreito contato com o governo e com as organizações
humanitárias. "Graças a um grande número de voluntários, estamos distribuindo alimentos,
água e remédios. Nas próximas 2-4 semanas, temos que encontrar novos alojamentos para
os desabrigados que vivem perto do rio de Cagayan e nos ocupar da reconstrução das
casas. Temos mais de 7.000 famílias desalojadas, num total de mais de 40 mil deslocados
internos no território diocesano", refere Dom Ledesma.
Para a população, é
um momento muito triste, nota o Arcebispo: "Há muita dor pela perda de parentes e
amigos. Também morreram alguns estudantes da Universidade Católica de Cagayan e alguns
agentes pastorais. Mas o espírito que prevalece é o da ajuda recíproca entre as vítimas.
Enviei uma mensagem de encorajamento à população. Queremos compartilhar a dor com
as famílias que sofreram lutos, e lançar um forte apelo à solidariedade, para a ajuda
aos desabrigados e também para construir digas na beira do rio Cagayan".
Segundo
informa Dom Ledesma, a Igreja local está recebendo apoio de outras dioceses filipinas
e de organizações humanitárias como "Misereor" (dos Bispos alemães) e "Catholic Relief
Service" (dos Bispos dos EUA), que divulgaram apelos para a assistência humanitária.
A solidariedade, continua Dom Ledesma, "se levada em nome de Cristo, não faz
distinções de religião ou de etnia: das ajudas também beneficiam os irmãos muçulmanos
ou as comunidades autóctones no território".
O Arcebispo comentou ainda o
apelo feito pelo Papa Bento XVI no Angelus de domingo: "Queremos agradecer-lhe de
coração. Apreciamos muito as suas palavras de solidariedade e as suas orações. Nós
o estimamos muito e as pessoas se sentiram profundamente confortadas pelo encorajamento
do Papa". (BF)