Nova Iorque (RV)
– Uma oca eletrônica. Assim, ao aliar a típica construção indígena aos desafios
da comunicação moderna, a comunidade indígena brasileira vai marcar presença – e não
somente – na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
O anúncio foi feito numa reunião preparatória para a Rio +20, nos Estados Unidos.
De
acordo com o líder indígena Marcos Terena, que esteve em Nova Iorque na semana passada,
o objetivo da oca eletrônica será usar as novas tecnologias e as mídias sociais para
conectar indígenas brasileiros com outros povos do planeta.
“Trabalhamos com
a construção de um espaço físico e cultural, que chamamos de ‘Carioca 2’. O objetivo
é receber indígenas de todo o mundo. Nós vamos ter uma oca eletrônica para podermos
transmitir ao vivo. Além disso, tem uma articulação que é mais política com os próprios
irmãos indígenas do Brasil e de fora do Brasil. Queremos criar uma plataforma sobre
economia verde, erradicação da pobreza e o tema principal que é desenvolvimento sustentável”.
De
acordo com Marcos Terena, o Brasil tem 600 mil indígenas divididos em 240 povos que
falam 180 línguas. A próxima reunião preparatória para a Rio + 20 deve ocorrer em
fevereiro. (Onu/RB)