Bento XVI responde perguntas de detentos: "Estou aqui para demonstrar a minha amizade"
Cidade do Vaticano (RV) - Após pronunciar o seu discurso no novo Complexo da
Penitenciária de Rebibbia, na periferia de Roma o Papa respondeu algumas perguntas
dos presos. “Estou emocionado por essa amizade que sinto de todos vocês”: disse Bento
XVI respondendo a Rocco, o primeiro encarcerado de Rebibbia que fez ao Papa a sua
pergunta.
“Estou aqui para demonstrar a minha amizade, a minha visita é também
um gesto público que recorda aos nossos concidadãos as dificuldades da prisão”; disse
o Papa respondendo outra pergunta de um preso, acrescentando que tem esperança de
que “o governo consiga fazer todo o possível para melhor a situação nas prisões”.
Rocco, Omar - prisioneiro estrangeiro negro -, Alberto, - romano e pai de
uma menina de dois meses que gostaria de abraçar novamente sua filha -, Federico,
que falou em nome dos presos que se encontram na enfermaria: são esses os presos de
Rebibbia que fizeram perguntas a Bento XVI, que saudou pessoalmente cada um deles.
Respondendo
a uma das perguntas o Papa disse que é verdade que muitos falam “mal e de modo feroz”
dos presos, mas há também muita gente que olha “com amor” para a situação dos detentos.
“Devemos suportar que alguns falem de modo feroz, alguns falam de modo feroz também
contra o Papa, e todavia vamos para frente”.
“Recorde-se de mim oh Deus. Amém”:
foi o final da oração feita por um preso na conclusão do encontro com o Papa. “Dá-me
a paz interior, dá-me a consciência de valer alguma coisa, fique perto de mim. E concluiu
o detento: “encurte as minhas noites de insônia”. (SP)